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Belém-PA: eleições para prefeitura mobilizam mais as campanhas do que os próprios eleitores

Rodolfo Marques

A pesquisa Quaest estimulada para a prefeitura de Belém, divulgada em 21 de setembro, revelou um cenário favorável a Igor Normando (MDB), que, no levantamento, liderou as intenções de voto com 42%.

Esse resultado indica uma vantagem significativa sobre os demais candidatos, especialmente o Delegado Eder Mauro (PL), que aparece em segundo lugar com 21%. A diferença de 21 pontos percentuais entre os dois principais concorrentes demonstra
a preferência expressiva do eleitorado por Normando neste momento da corrida eleitoral.

Mais atrás, observa-se o empate técnico entre três candidatos na terceira posição: o atual prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), Thiago Araújo (Republicanos) e Jefferson Lima (Podemos). O atual prefeito busca uma arrancada na reta final de campanha, tentando afastar suas altas taxas de rejeição. Araújo e Lima correm por fora – e querem buscar espaço na preferência dos eleitores. Os outros quatro candidatos na disputa (Everaldo Eguchi, do PTB; Ítalo Abati, do Novo; Raquel Brício, do Unidade Popular; e Well Macedo, do PSTU) estão virtualmente fora do páreo.

A metodologia da pesquisa envolveu entrevistas presenciais com 900 eleitores, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%. 

O cenário, em Belém, mostra um favoritismo destacado para o candidato apoiado pelo governador Helder Barbalho (MDB-PA), com grandes possibilidades de avançar para o segundo turno, no dia 27 de outubro, em vantagem – em provável duelo com Éder Mauro. Há ainda uma chance de a eleição terminar em primeiro turno, com vitória de Normando, embora não seja algo muito provável com o retrato momentâneo.

Os candidatos tecnicamente empatados terão de intensificar suas campanhas para se destacar e capturar uma fatia maior do eleitorado, enquanto Normando e Eder Mauro precisarão consolidar suas posições e evitar flutuações bruscas nas intenções
de voto. 

Nesta reta final de campanha – já que o primeiro turno do pleito ocorre em 6 de outubro –, percebe-se um contexto em que os eleitores ficaram muito pouco mobilizados e no qual as campanhas jogam suas últimas cartas para conquistar a preferência do público votante.

Rodolfo Marques