Muitas das vezes, a gente nem percebe, mas podemos fazer toda a diferença nas vidas das pessoas. Para o bem ou para o mal.
Recentemente, publiquei um Reel no Instagram oceliojcmorais.escritor, onde convidava as pessoas à autorreflexão permanente para a identificação dos dons especiais que cada um possui e, a par desta identificação, que fossem cultivados e colados a serviço do bem.
Em seguida, uma interlocutora fez o seguinte comentário: “Eu precisava ouvir isso hoje!, completando a frase com o Emoji das mãos postas em sinal de oração.
A interlocutora, muito provavelmente, vive um momento desafiador que lhe retira as forças e a torna vulnerável. Talvez, porque ainda não tenha identificado o seu dom especial – e, com isso, sinta frustrações e decepções profissionais – ou, ainda, porque não encontrou o seu caminho e a sua missão existenciais.
Quando afirmo que podemos ser a diferença e que também podemos fazer a diferença nas vidas das pessoas – para o bem ou para o mal – é porque temos a opção das escolhas úteis ou inúteis, honestas ou desonestas e boas ou más.
E, envolvidos que somos na intensidade das coisas cotidianas, nem sempre percebemos as consequências das nossas escolhas para as nossas próprias vidas e para as demais pessoas.
Não duvidemos disso: as escolhas – individuais ou coletivas – sempre produzem consequências. Por exemplo: se o povo, anestesiado por vãs promessas eleitorais, elege governantes e políticos com reputação duvidosa, a consequência danosa desta escolha será para toda a coletividade.
Os direitos da sociedade são sufocados e subtraídos e, como consequência, evapora-se o sonho por uma sociedade livre, justa e com padrão de vida digna. A conta prejudicial em face dos direitos sociais chegará a médio e longo prazos.
Pessoa por pessoa, as escolhas geram consequências que entram nas mentes e corações, às vezes honestamente potencializando metas e objetivos ou, às vezes, destruindo promissores talentos e projetos de vida.
As más escolhas e a permanência nelas trazem tantas desilusões, sofrimentos e destruições que – isso muito comum – podem conduzir às drogas, ao crime e até mesmo ao suicídio.
As boas e más escolhas – todas elas – estão no cotidiano das pessoas. Elas são antagônicas. É uma espécie de luta do espírito do bem contra o espírito mal. Contudo, está nas virtudes, se cultivadas e praticadas com sabedoria, a chave para todas as portas que levam às boas escolhas éticas.
A virtude espiritual é a chave-mestra que possibilita a melhor autorreflexão para a identificação e para a realização dos dons especiais que cada indivíduo possui.
A autorreflexão, para o propósito desta pensata, rigorosamente é aquela recomendação que Jesus, o Messias, legou à humanidade, a fim de que cada um possa enfrentar e dominar tudo impulso relativo às más escolhas que levam às tentações corruptivas da vida: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”, conforme relatado pelo evangelista “Mateus (26:41):
Se bem observado, ao dar a dica especial (vigiar e orar sempre), o Mestre de todos os mestres avisa que o espírito (apesar de “está pronto”), por outro lado, não está livre das tentações corruptivas da vida, advindas das más escolhas, precisamente porque “a carne é fraca”.
Por outras palavras, penso eu: a vigilância e a oração são armaduras contra os males e a espada é a palavra de Deus plantada no coração de cada pessoa na luta contra as más escolhas, que levam ao mal e à destruição das virtudes.
Podemos fazer toda a diferença para a evolução das virtudes humanas. Mas há necessidade do primeiro passo nessa direção: a identificação dos dons especiais e, na sequência permanente, usá-los devotadamente para o bem.
ATENÇÃO: Em observância à Lei 9.610/98, todas as crônicas, artigos e ensaios desta coluna podem ser utilizados para fins estritamente acadêmicos, desde que citado o autor, na seguinte forma: MORAIS, O.J.C.; Instagram: oceliojcmoraisescritor