Todos nós temos um raio de sol. Por um período ele pode brilhar. Por outro período, ele pode estar coberto pelas densas nuvens escuras do pensamento ou ser encoberto pela rotação daquele que apenas gira e gira em torno do próprio eixo.
Todos nós temos uma semente para plantar e cuidar no canteiro do coração, e uma flor para colher como o melhor e mais precioso prêmio do jardineiro da paciência no tempo da existência.
Tempo quer dizer o período ininterrupto no qual as coisas acontecem. De um modo geral, podemos, pelas escolhas, ser parte dos acontecimentos ou poderemos ser incluídos, direta ou indiretamente, concorrendo para a sua ocorrência, e ainda como parte interessada nos resultados dos eventos.
A paciência é uma resignação, portanto, uma virtude que ensina a pessoa a suportar algo sem perder a serenidade e o equilíbrio de espírito. A paciência é um prêmio da experiência, possível de ser adquirida no período da existência. O tempo é marco, é inexcedível, insuperável por sua própria natureza infinita. O período é uma fração dentro do tempo. O período de uma vida corpórea sempre acaba. O tempo da vida espiritual é infinito.
O período de vida corpórea de cada um é uma fagulha no tempo da existência humana. Uma vida se soma a milhões de vidas que se integram aos bilhões de vidas humanas. E todos, e cada um por si, carrega seus propósitos específicos na viagem existencial. Cada um leva seus utensílios e equipamentos de primeiros socorros para as necessidades de sobrevivência.
Na viagem, o raio de sol de cada (aqui, denominadamente, a consciência virtuosa) iluminará o caminho para saber se o caminho é íngreme, espinhoso, escorregadio, perigoso ou plano. Mas, a maior conselheira será a paciência para entender que o caminho das coisas certas, não obstante seja recompensador à serenidade da Alma e à paz de Espírito, por outro lado, será alvo da inveja e do ciúme das oriundas das forças estranhas – visíveis ou invisíveis que não comprometidas com o certo e com o justo – e, assim, para destruir o seu raio de sol, elas irão oferecer facilidades e vantagens, as quais nem sempre são revelam suas intenções corruptivas.
Então, a paciência, como virtude, precisará entrar em ação para suportar as tentações, as agruras e saber discernir entre o bem e o mal, entre o bom e o mau.
Nessas circunstâncias, o raio de sol e a flor de cada um, serão mais envolventes e significativos – portanro, vão brilhar e exaltar a singeleza, respectivamente – se, e quando, o sábio tempo conseguir lapidar a paciência e , essa, aprender as necessárias lições com o tempo.
A flor, que encanta os olhos e sensibiliza o coração, é o conjunto das virtudes (amor, amizade, fraternidade, caridade, solidariedade) que precisa dos cuidados permanentes do jardineiro da paciência, a partir do momento em que a pessoa adquire a capacidade para fazer as escolhas – escolhas que vão repercutir no tempo da sua existência.
Sem os cuidados necessários, a semente não chegará a linda e suave flor. A flor perderá o viço e morrerá. Então, posso dizer: se as virtudes não forem bem cuidadas e se as escolhas forem viciadas pela corrupção das coisas, eis o resultado fatal: a alma perde o seu raio de sol e será encoberta pelas cinzas vulcânicas da amargura, da tristeza, da inveja, do egoísmo, da usura, da ganância e da prepotência.
Então, o tempo dessa reflexão é a vida de cada um. A paciência é a sabedoria do mestre que faz as escolhas certas e justas. O sol é o farol que indica o bom caminho e a flor é o prêmio virtuoso que todos devemos cultivar.
A chave simplificada e gratuita para isso é a seguinte: “Orai e vigiai”, como disse o Mestre Jesus Cristo aos seus discípulos – mas a mensagem continua valendo para os dias atuais – “para que não caiam em tentação.” E sabem por quê? Porque – disse ainda Jesus, conforme Mateus 26:41 – “o Espírito está pronto, mas a carne é fraca”.
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