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GUSTAVO FREITAS

GUSTAVO FREITAS

Internacionalista e comentarista de política internacional em O Liberal. Com experiência recente nas eleições argentinas, Estados Unidos e Oriente Médio, usaremos este espaço para falar sobre tudo que acontece pelo mundo.

Donald Trump toma posse de novo mandato como presidente dos EUA nesta segunda-feira (20)

Gustavo Freitas / Especial para O Liberal
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Nesta segunda-feira, 20, Donald Trump tomará posse como o 47º presidente dos Estados Unidos. Este será o segundo mandato do republicano, que venceu as eleições presidenciais contra Kamala Harris em novembro do ano passado.

A cerimônia, chamada de “Inauguration Day”, geralmente é marcada pelo juramento oficial à céu aberto do presidente e vice eleitos, seguida de um desfile e bailes formais para convidados e autoridades. Neste ano, pela segunda vez na história, o evento será realizado em ambiente fechado devido às baixas temperaturas.

A programação também inclui um lanche na Casa Branca entre o presidente eleito e os ex-presidentes, mas Bill Clinton, George Bush e Barack Obama anteciparam que não participarão do encontro.

Embora tenham declinado o convite, todos os ex-presidentes estarão presentes para o juramento oficial de Donald Trump. Esta é uma das únicas ocasiões em que todos os ex-presidentes vivos tradicionalmente se reúnem para celebrar a próxima administração. Trump, no entanto, se recusou a comparecer à posse do presidente Joe Biden em 2021.

As apresentações musicais e os discursos iniciais terão início no palco principal, localizado no West Lawn do Capitólio. Entre os famosos confirmados, estão a cantora Carrie Underwood e o grupo Village People, responsável pelo hit “YMCA”, música que embalou os comícios de Donald Trump durante o período eleitoral.

"Sabemos que isso não fará alguns de vocês felizes em ouvir, no entanto, acreditamos que a música deve ser executada sem levar em conta a política. Nossa música YMCA é um hino global que esperamos ajudar a unir o país após uma campanha tumultuada e dividida, onde nossa candidata perdeu.", disse a banda em um post em sua página do Facebook.

A posse presidencial norte-americana não costuma ser marcada pela presença de chefes de Estado e autoridades do primeiro escalão, mas espera-se que líderes de direita estejam presentes nos bailes festivos, entre eles: Javier Milei, da Argentina; Nayib Bukele, de El Salvador e Georgia Meloni, chanceler italiana. Viktor Orban, da Hungria, e Jair Bolsonaro são ausências confirmadas. O ex-presidente brasileiro teve o seu pedido de liberação do passaporte negado por Alexandre de Moraes, optando por enviar a esposa Michelle para representá-lo em Washington.

Enquanto estiver fazendo o juramento para o novo mandato, o seleto grupo de convidados de honra próximos ao presidente costuma ser composto exclusivamente por ex-presidentes, ex-primeiras damas, membros do congresso e da suprema corte, além dos familiares do presidente e vice. Em 2025, algumas cadeiras serão ocupadas por membros inéditos: Elon Musk, Jeff Bezos, Mark Zuckerberg e Shou Zi Chew, CEO do TikTok. A presença dos donos de Big Techs demonstra, também, uma aproximação de Trump ao setor e sinaliza que os empresários terão influência na nova administração.

A presença do CEO do TikTok chama a atenção porque uma lei assinada em abril de 2024 pelo atual presidente americano Joe Biden, determina que o TikTok tem até o próximo domingo (19), um dia antes da posse, para encontrar um comprador para sua operação nos EUA. Caso contrário, a rede social não poderá mais funcionar no país.

Segundo o Washington Post, Donald Trump está cogitando suspender a decisão logo nos seus primeiros dias de governo, dando ao TikTok um prazo extra de 90 dias. Autoridades têm questionado a ideia, alegando que o banimento foi aprovado pelo Congresso e não pode ser revertido por ordem presidencial.

O governo americano alega que o TikTok é um risco à segurança nacional porque permite à China coletar dados e espionar usuários, uma alegação reiteradas vezes rebatida pela ByteDance, dona do TikTok, que nega a acusação.

Donald Trump iniciou a batalha contra o aplicativo ainda em 2020, durante o seu primeiro mandato, mas mudou o discurso após ser eleito. "Você sabe, tenho um lugar especial no coração para o TikTok, porque ganhei a juventude por 34 pontos, e há quem diga que o TikTok tem algo a ver com isso", disse o republicano.

Primeiras medidas

Ainda na segunda-feira, Donald Trump deve assinar mais de 100 medidas executivas que abrangem diversas áreas no país. Durante a eleição, Trump prometeu fechar a fronteira imediatamente, além de recriar o “Travel Ban”, que impedia temporariamente a entrada de cidadãos de alguns países predominantemente muçulmanos.

Donald Trump também promete criar o maior programa de deportação em massa da história, iniciando com imigrantes que já têm antecedentes criminais e, em seguida, aqueles que não têm documentos para estar no país legalmente.

Assim como fez no seu primeiro mandato, Trump deve retirar os EUA do Acordo de Paris e promete reverter diversas medidas ambientais, incluindo a política de carros elétricos no país, ​​referindo-se a um novo regulamento da Agência de Proteção Ambiental (EPA) que limita a poluição do escapamento para que as montadoras sejam obrigadas a vender mais modelos elétricos e híbridos.

Entre medidas polêmicas, a mais criticada tem sido a promessa de assinar perdões presidenciais para muitos dos condenados e acusados no ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio A cerimônia de posse está marcada para iniciar às 11h30 pelo horário de Brasília.

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Gustavo Freitas
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