Último Quarto

Por Danilo Monteiro

Espaço dedicado para os esportes norte-americanos, especialmente o basquete. A coluna é assinada pelo jornalista formado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Danilo Monteiro, que começou sua trajetória na área esportiva em 2016, em Belém, como repórter e comentarista na Rádio Unama. Atualmente, é repórter nas revistas VEJA e Placar.

Definição de retorno da NBA se aproxima

A janela para a decisão do comissário Adam Silver está se fechando – ainda com muitas incertezas

Danilo Monteiro

O comissário Adam Silver enfrenta uma situação inédita, que nem mesmo seu antecessor, David Stern, teve de passar quando assumiu o cargo em 1984 e transformou a NBA em um sucesso mundial. O cancelamento da temporada não é do interesse de nenhuma das partes envolvidas, mas ainda há muitas incertezas para a retomada.

A pandemia de coronavírus paralisou o esporte em todo o mundo, mas alguns países têm avançado no combate à doença e retornam lentamente às atividades. Os Estados Unidos, assim como o Brasil, possuem um problema de extensão territorial. Alguns estados americanos têm mais sucesso do que outros, como Geórgia e Flórida, que já começaram a abrir ginásios.

A situação leva a apenas uma solução rápida: disputar o restante da temporada em um único local. As instalações da Disney, na Flórida, e outras já foram discutidas. A decisão, porém, engloba vários outros aspectos. Entre eles, a quantidade de testes utilizados em jogadores assintomáticos para haver um controle, mas o país, assim como vários outros, não tem testes o suficiente para a população. A NBA proibiu a testagem de atletas assintomáticos, mas precisará de pelo menos 15 mil testes para reiniciar a temporada, segundo o jornalista americano Adrian Wojnarowski.

As discussões de Adam Silver com donos das franquias e patrocinadores também envolvem a próxima temporada, pois não há tempo suficiente para começá-la na data prevista (em outubro). Silver, então, trabalha com a ideia de que a nova edição da liga comece apenas em dezembro, ainda sem a presença de espectadores. Os jogos de portões fechados são a única alternativa no momento, visto que não há vacinas ou tratamentos efetivos para o coronavírus. Arenas lotadas, com 15 mil e 20 mil lugares são inconcebíveis.

Um protocolo de um mês para a preparação dos atletas precisará ser cumprido antes da retomada da NBA, o que significa um mês a menos no calendário de 2020. O documento de 16 páginas previa o retorno de jogadores às instalações da franquia ainda em maio, após um período de treinos individuais em casa, que começariam no dia 1º passado, mas a direção da liga adiou a data para a próxima sexta. A loteria do Draft de 2020, bem como o Combine (onde os prospectos exibem habilidades técnicas e físicas) já foram adiados e, provavelmente, o Draft terá de esperar mais alguns meses para ser realizado.

A decisão de Adam Silver ainda envolve cifras milionárias. Um cancelamento seria prejudicial, mas o retorno do salário dos jogadores ajudaria nas contas, além de outras manobras econômicas que estão na manga da direção. A continuação da temporada, cumprindo todas as normas de segurança, seria benéfica, mesmo com o calendário apertado, pois daria mais tempo para o início da próxima temporada. Quanto mais tempo, mais chances de jogos com portões abertos, dependendo do avanço dos resultados contra a Covid-19. O sonho do comissário e da NBA como um todo é ter portões abertos na temporada 2020/21.

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