Último Quarto

Por Danilo Monteiro

Espaço dedicado para os esportes norte-americanos, especialmente o basquete. A coluna é assinada pelo jornalista formado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Danilo Monteiro, que começou sua trajetória na área esportiva em 2016, em Belém, como repórter e comentarista na Rádio Unama. Atualmente, é repórter nas revistas VEJA e Placar.

Após 22 anos, Jordan relembra a todos porque é o melhor da história

Foram necessários apenas dois episódios do documentário “The Last Dance” para chocar o mundo outra vez

Danilo Monteiro
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O documentário The Last Dance, produzido pela ESPN Filmes, foi lançado na noite do último domingo, nos Estados Unidos e na madrugada de segunda-feira, na plataforma Netflix. Bastaram duas horas para Michael Jordan relembrar ao mundo porque é o melhor e maior da história da NBA. A reação foi imediata nas redes sociais de jogadores e ex-jogadores com a superprodução: Michael é o GOAT (melhor de todos os tempos, na tradução) incontestável.

O tempo sempre traz novidades e evoluções. É óbvio, o basquete evoluiu, as regras evoluíram, as táticas evoluíram, os jogadores evoluíram. As equipes de 2019/20 são completamente diferentes das equipes de 1980 e 1990. Isso, entretanto, não quer dizer que o passado tem de ficar no passado. O tempo é implacável, ele guarda histórias, mas também as leva para longe e são poucos que realmente vão atrás do que ficou na história, de qual era a antiga realidade, de como eram as pessoas.

A frase mais icônica dentre as reações dos jogadores é a de Trae Young, armador do Atlante Hawks. “Acho que esse documentário vai me fazer colocar MJ no meu Top 1, ao invés do Top 2”, escreveu no Twitter. Trae tem apenas 21 anos, cresceu assistindo LeBron James, que definitivamente é o jogador mais importante da liga atualmente.

 

 

O conflito geracional e o tempo não fizeram ninguém esquecer de Michael Jordan – isso é impossível -, mas são poucos que buscam assistir partidas ou ler a respeito da importância de Michael para a NBA. Aos 24 anos, o jornalista quem vos escreve redescobriu o amor pelo basquete ao ler a história de Jordan. É até estranho dizer que a referência de jogador, para alguém da minha idade, é alguém que eu praticamente não tive oportunidade de assistir ao vivo. O mesmo vale para Donovan Mitchell, ala-armador de 23 anos do Utah Jazz, que respondeu a Young no Twitter: “E você dizia que ele não era o GOAT”.

 

 

Esse é o resultado de conhecer o que significa o nome Michael Jordan para o basquete. Sabendo de detalhes de sua carreira e personalidade, não é tão difícil ligar os pontos a respeito do documentário. Segundo a ESPN, Jordan detinha há 22 anos os direitos de centenas de horas de imagens exclusivas de sua carreira, mas só decidiu transformá-las em um documentário em 2016, logo após a carreata do título do Cleveland Cavaliers, que colocou LeBron em uma nova prateleira do basquete. “Jordan não quer ser uma estátua, não quer ser lembrado como algo do passado”, contou Jason Hehir, diretor de The Last Dance.

Se há algo marcante na carreira de Jordan, foi a competitividade inigualável, que o fez até mesmo ser hostil com seus próprios companheiros. Jordan é diferente e um sentimento competitivo como o dele certamente ainda está lá. Jordan precisou de apenas duas horas, em dois episódios, para dar um aperitivo de sua grandeza, seja pelos 28 pontos/seis rebotes/seis assistências de média em seu ano de calouro, ou pelos 63 pontos contra o poderoso Boston Celtics de Larry Bird em 1986 (recorde de pontuação dos playoffs até hoje).

O que está por vir certamente acabará com qualquer ameaça ao seu título de GOAT. Desculpe, LeBron, fico com as palavras de seu ex-companheiro, Dwyane Wade: “Cara, MJ tinha aquilo. Ele foi o escolhido por Deus para ser o GOAT”.

 

 

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