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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Segundo o TRT, Remo está perto de zerar dívida

Carlos Ferreira
fonte

O bloqueio da primeira cota do Remo na Copa do Brasil (R$ 590 mil) faz parte do que foi negociado entre o clube e o TRT no plano de pagamento da dívida trabalhista. A segunda cota (R$ 675 mil) será liberada e a próxima (R$ 1,7 milhão), se o Leão passar pelo CSA, também. É o que informa uma fonte da coluna no Tribunal do Trabalho. O Remo vem manifestando preocupação até com as cotas da Série B, mas, segundo a fonte, não procede.

No plano de pagamento, com o que está bloqueado de cotas e patrocínios, o clube tem a entrada de R$ 3,4 milhões até final do Parazão/2022 contra um débito de R$ 3,6 milhões. Está, portanto, a alguns passos de se libertar de uma dívida que há seis anos chegou a R$ 15 milhões e parecia impagável. E realmente seria, não fosse a transformação da gestão.

Paulinho, uma volta por cima

O volante Paulinho, 31 anos, está voltando por cima para o Paysandu. Afinal, em 2016, causou frustração no próprio Papão com sucessivas lesões e apenas seis jogos, só um integral.

Ao sair do Papão, recuperou a forma e fez sucesso no Mirassol, no Criciúma, no Atlético Goianiense, na Ponte Preta, no São Bento e no Santa Cruz, onde trabalhou com Itamar Shulle. Volante com características semelhantes as de Uchôa, o atleta chega para ser o homem da primeira transição e para dar ao clube a resposta que ficou devendo em 2016, naquela passagem infeliz pela Curuzu.

BAIXINHAS

* Tentei, mas não lembrei de nenhum jogador importado por Paysandu ou Remo que tenha fracassado, tenha sido recontratado e feito sucesso na segunda passagem. Paulinho tem tudo para ser um caso raro. Franklin, meia, fracassou no Remo em 2009 e voltou em 2012, quando foi pior ainda.

* Sobre o débito trabalhista do Remo, pelo que dá para deduzir, o juiz Itamar Lemos, em cuja Vara (TRT8) concentram-se os processos do Leão, vai seguir desbloqueando cotas do Remo na CBF, até entender que os bloqueios já se tornaram descabidos.

* Enquanto isso, a torcida azulina se vê num tiroteio de informações conflitantes. Por isso, a fonte da coluna no Tribunal Regional do Trabalho resolveu prestar os esclarecimentos. Se não houver novos processos, o Remo zera em 2022 uma dívida que se arrasta há mais de 50 anos.

* Com Nicolas, o Paysandu já tinha o maior salário do futebol paraense. E continua tendo, mas agora com Bruno Paulista, volante que veio do Sporting de Portugal. Mas o Papão só vai pagar a moradia do atleta. Ele é de um grupo de investidores, e o grupo vai bancar os salários dele (em euros) nesse contrato com o clube paraense, para mantê-lo ativo no mercado.

* O centroavante Gabriel Barbosa é outro atleta que o Paysandu tem sem custos de salários. Ele é pago pelo Palmeiras. E ao atacante Robinho, que chegou na semana passada, o Paysandu vai pagar só 40%. Os outros 60% são bancados pelo Bragatino/Red Bull, detentor dos direitos econômicos. Esses são negócios viabilizados para o Papão pelo executivo Italo Rodrigues. 

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Carlos Ferreira
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