Rodrigo Santana ou Márcio Fernandes: quem fez a maior proeza?
Conterrâneos de Santos, os paulistas Rodrigo Santana e Márcio Fernandes chegaram sob descrença e terminaram a temporada com grande sucesso. Ambos tiveram seus contratos renovados. Mas afinal, quem protagonizou a maior proeza: o técnico do azulino ou do bicolor?
Rodrigo Santana assumiu o Remo em uma situação crítica, com o clube na zona de rebaixamento e destroçado. Foi um líder exemplar, unindo o elenco e ajustando o time, conduzindo o Leão Azul a uma fabulosa reação que culminou no acesso à Série B. Já Márcio Fernandes pegou o Paysandu sob sério risco de rebaixamento. Com apenas 13 jogos, conseguiu um aproveitamento de 59%, equivalente a uma campanha de acesso, e “repaginou” o time.
Dois treinadores em alta para 2025. Porém, considerando o impacto, o êxito de Rodrigo Santana se destaca como a maior proeza.
O produto e a vitrine
Atleta com força física, competência tática, nível técnico razoável e bom caráter, Jaderson, aos 24 anos, tornou-se o principal ativo do Remo ao assinar um contrato de três anos, estando livre no mercado. Caso mantenha o bom desempenho na Série B, pode render um excelente retorno financeiro ao Leão Azul.
Com o acesso à Série B, o clube ganhou visibilidade, e, com Jaderson, passou a ter um ativo promissor. Contudo, ainda carece de talentos da base com potencial semelhante. Resta esperar se o pacote de contratações trará mais jogadores com condições de se tornarem valiosos na vitrine azulina.
Baixinhas
Seleção da temporada: Ao final da temporada, eis a seleção do colunista: Marcelo Rangel; Diogo Batista, Rafael Castro, Lucas Maia, Bryan Borges; João Vieira, Pavanni, Jaderson; Paulinho Boya, Ytalo e Esli Garcia. São seis atletas do Remo e cinco do Paysandu. Técnico: Rodrigo Santana (Remo).
Polêmicas: Sempre há espaço para discordâncias. Por exemplo, sobre Ytalo: decisivo em momentos importantes, mas discreto na maior parte do tempo. Já Nicolas, artilheiro com 20 gols na temporada paraense, teve desempenho pífio na Série B, limitando seu sucesso às competições regionais.
Re-Pa das contratações e revelações: Em número de contratações, Paysandu 37 x 35 Remo. No quesito revelações, a situação é precária. Com boa vontade, Felipinho (Remo) poderia ser citado: fez 15 jogos, três como profissional, mas será emprestado ao São Bento/SP.
Elenco do Paysandu em 2025: Entre os atletas vinculados ao Papão para 2025 estão Diogo Silva, Matheus Nogueira, Edilson, Quintana, Lucas Maia, Pedro Romano, Bryan Borges, Kevyn, Keffel, Matheus Trindade, Juninho, Borasi e Nicolas (que pode ir para o Vila Nova). Netinho, inicialmente de saída, deve permanecer.
Ação solidária do Remo: O clube inaugurou o programa Gatilho Social, doando fraldas geriátricas à Casa da Fraternidade, em Apeú. A entrega foi feita pelo vice-presidente Milton Campos, inspirada pelo acesso à Série B. Que ações solidárias como essa se tornem frequentes!
Nome de Luan no Paysandu: O nome de Luan, ex-Grêmio, foi ventilado dentro do próprio Paysandu. Se o clube desistiu ou nega o interesse, é outra questão. Contudo, seu histórico recente, somado a experiências ruins com nomes como Cazares, Yone González e Joel, não justifica o investimento.
Política: Manoel Acácio (Maneca) foi eleito presidente do novo Conselho Deliberativo do Paysandu. No Remo, onde só haverá eleições em novembro de 2026, Fábio Bentes permanece na presidência do Condel.