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Remo em noite fora de rota; Paysandu em encrenca centenária

Carlos Ferreira

Uma noite fora de rota

O vexame do VAR, que paralisou o jogo por 21 minutos e não funcionou; o perrengue do Remo, que se deu por feliz ao evitar a derrota; o ponto precioso do Capitão Poço, time valente e organizado.

Foi uma noite fora de rota, com boas e más surpresas, no fechamento de uma rodada que já havia surpreendido com a derrota do Paysandu para o Santa Rosa. Dois casos em que os coadjuvantes se agigantaram e mereceram o êxito, enquanto os protagonistas tiveram uma boa lição nesse processo de construção.

Cumpridas quatro rodadas, o campeonato tem apenas dois times invictos: Remo e Castanhal, que escaparam da derrota por pouco nesta rodada.

Uma centenária encrenca de vizinhos

O Paysandu completou 111 anos no domingo, e o Remo completa 120 amanhã. Curiosamente, esses rivais tão tradicionais são vizinhos de datas, vizinhos de sedes sociais e vizinhos de estádios. O Re-Pa é, portanto, uma centenária e interminável encrenca de vizinhos.

O futebol do Remo começou em 1913. No ano seguinte, já nascia a rivalidade com o recém-criado Paysandu, dando origem a inúmeros ídolos, histórias e emoções. Uma rivalidade que engrandece a cultura paraense, digna de ser celebrada nesta semana dos aniversários de Leão e Papão. Parabéns!!!

BAIXINHAS

  • Apesar do êxito na missão de manter o Papão na Série B, Márcio Fernandes não foi unanimidade para a permanência. Sempre houve resistência ao nome dele no clube. A derrota para o Santa Rosa deu força aos contrários, e isso significa pressão amanhã no jogo contra o Porto Velho/RO, pela Copa Verde.
  • Com William Klaus, o Remo ganha mais que um zagueiro. Trata-se de uma importante voz de liderança para o time azulino. Klaus chegou praticamente em forma e logo ocupará seu espaço no trio de zaga, sendo uma das principais contratações para a temporada.
  • Golaço do Mesquita! Méritos para toda a equipe que cuida do gramado do Baenão, com louvores à parte para o craque agrônomo Mesquita. O temporal no jogo Flamengo x Botafogo testou e aprovou plenamente a drenagem, com o país inteiro testemunhando.
  • Depois de 45 anos, voltei a experimentar os perrengues do acesso ao Mangueirão. Enfrentei a fila que não fluía, o calorzão e o "curral" a que os torcedores são submetidos. Tudo registrado para um depoimento no Bom Dia Pará (TV Liberal) sobre o tratamento dado à clientela do futebol.
  • A CBF usa tecnologia de ponta que permite a venda de dezenas de milhares de ingressos em minutos. Mas, para receber o público, usa equipamentos defasados e não oferece nem um serviço de orientação aos torcedores. E se a CBF age assim, imagine as federações...
  • Um exemplo digno de ser seguido é o do Palmeiras, que utiliza as tecnologias mais avançadas (biometria) tanto na venda quanto no acesso, além de tirar proveito do sistema para alavancar seu programa de Sócio-Torcedor. A coluna voltará ao assunto.
  • Dois portões (16 catracas) não foram utilizados no domingo. Negar parte da estrutura ao acesso do público foi um desrespeito, inclusive ao governo estadual, que disponibilizou o estádio por inteiro. Que o mau exemplo da CBF não seja seguido no Re-Pa que está se aproximando.

Carlos Ferreira