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Remo com calendário extenso; Paysandu com novo gramado

Carlos Ferreira

Leão: Quase 12 meses sem pausa 

Depois de 17 anos, o Remo volta a enfrentar uma longa sequência de jogos no futebol, agora entre o início de dezembro de 2024 e o final de novembro de 2025. A última vez que o clube teve uma sequência tão extensa foi em 2007. Nem mesmo em 2021, ano em que disputou a Série B, isso aconteceu, devido à pandemia de Covid-19.  

Em 2025, o Leão Azul deve disputar cerca de 60 partidas (Parazão, Copa Verde, Copa do Brasil e Série B). Este ano, o clube jogou 45 vezes, contra 42 no ano passado e apenas 35 em 2022. O retorno à Série B trouxe não apenas um calendário cheio, mas também maior fôlego financeiro, permitindo investimentos no Baenão e no Centro de Treinamento (CT). O estádio será usado apenas para treinos em 2025, pois passará por obras de ampliação com a construção de novas arquibancadas. O CT também receberá melhorias significativas.  

Novo gramado na Curuzu  

O Paysandu está com duas frentes de obras: no Centro de Treinamento e na Curuzu, que terá o gramado totalmente renovado. O estádio ficará fechado no primeiro trimestre de 2025 e só reabrirá para a Série B. Investimentos na infraestrutura são sempre notícias promissoras e motivo de celebração.  

Por décadas, Paysandu e Remo ficaram parados no tempo em diversos aspectos. Felizmente, os dois clubes saíram desse marasmo e, não por acaso, voltarão a se enfrentar na Série B após 19 anos. Esse reencontro não apenas reflete o crescimento das duas equipes, mas também cria condições para acelerar novos avanços.  

Baixinhas

  • Orçamentos recordes: Nunca circulou tanto dinheiro nas contas de Remo e Paysandu. Em 2025, ambos devem ter orçamentos em torno de R$ 70 milhões. Apesar de contratações equivocadas e altos gastos no futebol, os clubes vêm avançando na estrutura física e na organização administrativa.  
  • Renúncia no Remo: O vice-presidente Milton Campos anunciou sua renúncia por motivos particulares, após decisão tomada em família. O clube já se prepara para o processo de escolha de um novo vice-presidente.  
  • Veterano em campo: O centroavante Paulo Rangel jogará o Parazão 2025 aos 40 anos, idade que completará no dia 4 de fevereiro. Ele foi contratado pelo Castanhal, o 40º clube de sua longa carreira.  
  • Novo CEO no Remo: Após negociações difíceis, o português André Alves foi anunciado como CEO do clube. Ele havia deixado o Paysandu e negociava com o CRB, mas fechou com o Leão. André será o primeiro CEO do Remo e terá como principal missão implementar o Plano de Gestão Estratégica desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas. No Paysandu, o cargo será ocupado por Ana Cláudia Moraes, ex-SESI.  
  • A importância do CEO: A figura de um alto executivo nos clubes cresceu com a chegada das SAFs e tornou-se essencial. Clubes como Remo e Paysandu são hoje estruturas complexas demais para serem administradas apenas por dirigentes estatutários em seu tempo livre. O CEO agrega expertise e viabiliza novas possibilidades.  
  • Elenco do Paysandu: O volante Leandro Vilela, o zagueiro Carlão e o zagueiro/volante Luan Freitas interessam ao Paysandu e devem receber propostas de renovação. O atacante Ruan Ribeiro, que veio emprestado pelo Palmeiras, ainda está em avaliação, pois não brilhou, mas foi útil. Luan Freitas veio por empréstimo do Fluminense.  
  • Reforços no Remo: O clube deve anunciar em breve o meia Dodô, que retorna do exterior e pode se apresentar na próxima quarta-feira. Também são esperados o lateral-esquerdo Yuri, ex-Athletic, o zagueiro Matheus Felipe, ex-Ceará, e o lateral-direito Marcelinho, ex-Chapecoense. Outros nomes cogitados incluem o meia Gabriel Boschilia e o atacante Maxwell, ambos do Operário-PR.  

Carlos Ferreira