Por que a bola parada deve ser tão decisiva?
Por que a bola parada deve ser tão decisiva?
Probabilidade de chuva na tarde de domingo e certeza de marcação implacável dos dois lados. Isso indica que a bola parada (faltas e escanteios) deve decidir o clássico. Atentos, Luizinho Lopes e Rodrigo Santana tratam de treinar seus times tanto nas ações de ataque como de defesa em bolas altas.
O Remo tem funcionado melhor que o rival no jogo aéreo das ações defensivas. Deduz-se que Luizinho Lopes está dando atenção maior para o serviço de defesa, até pelas mudanças frequentes de peças no setor. Bryan Borges no Papão e Dodô no Leão são os principais cobradores de faltas e escanteios.Primeiro de três, quatro ou cinco Re-Pas
O ano começou com perspectiva de até sete confrontos Remo x Paysandu: um a três no Parazão, dois na Copa Verde e dois na Série B. Os dois da CV já foram descartados. Então, domingo teremos o primeiro da certeza de três ou da probabilidade de quatro ou cinco Re-Pas, visto que os dois devem se reencontrar na fase semifinal (jogo único) ou na final do Parazão (dois jogos).
Até os anos 70, o Re-Pa se repetia mais de 10 vezes por ano, com muitos amistosos. Por isso, em 111 anos 775 jogos, um recorde mundial nos clássicos. Nas duas últimas décadas, porém, os amistosos tornaram-se raríssimos e a média caiu para cinco duelos por ano.
BAIXINHAS
* Remo com todos os seus atletas aptos para o Re-Pa, inclusive o lateral Alan Rodriguez e o atacante Gabriel Martins, os últimos contratados. O Paysandu não terá o meia Pedro Delvalle, suspenso por cartões amarelos, e trata de condicionar o zagueiro Luan Freitas e o atacante Borasi, que superaram lesão.
* Rossi no Papão e Kadu no Leão, únicos paraenses que vêm sendo titulares nos dois rivais. Rossi, atacante, um nome coroado, jogador mais caro do futebol paraense. Kadu, um jovem de 19 anos que começa a emplacar o seu nome no mercado do futebol, com ótimas perspectivas.
* Rossi entra no bloco dos paraenses que experimentam o Re-Pa já com carreira construída em outros centros.
Ano passado foi o caso de Marco Antônio pelo Remo. Casos anteriores de
Luiz Mário, Júnior Amorim, Harisson, Arinelson, Paulo Victor, Lucas Tocantins...
* Inversamente, eis os paraenses que primeiro vivenciaram o Re-Pa e só depois ganharam o país: Rony, Charles Guerreiro, Magnum, Giovanni, Nildo, Marlon, Rafael Oliveira, Guilherme, Marinho, Rosemiro, Darinta, Careca, Lupercínio, Carlinhos Maracanã, Paulo Robson, Yago Pikachu e outros, além dos irmãos amapaenses Aldo e Bira.
* Equatoriano Espinoza vem se salvando nas ondas de críticas ao time do Paysandu. É um volante que joga com simplicidade e objetividade. Com sete jogos pelo Papão, Espinoza tem 24 anos, iniciou na LDU, passou pelo Emelec e Maracá, todos do Equador.
* Felipe Vizeu x Rossi. O "33" (tabu) do Leão e o "77" (7 x 0) do Papão são as duas contratações mais badalas da temporada. Até agora, Rossi está respondendo melhor em campo. Vejamos, hoje, quem sobe e quem desce de cotação na prova de fogo.
* Nenhum atleta do atual time do Paysandu experimentou derrota para o Remo. Nenhum atleta do Leão experimentou vitória sobre o Papão. Já são oito jogos de invencibilidade dos bicolores. A última vitória azulina no clássico foi em março de 2023, por 1 x 0, gol de Muriqui, pela Copa Verde.
* Time derrotado do Papão: Thiago Coelho; Samuel Santos, Henríquez Bocanegra, Genílson e Eltinho; Jiménez (Gabriel Davis), João Vieira e Ricardinho; Vicente (Alex Matos), Bruno Alves e Mário Sérgio (Hernández). Técnico Márcio Fernandes. Time vencedor do Leão: Vinícius; Lucas Mendes, Diego Ivo. Diego Guerra e Leonan (Raí); Anderson Uchôa, Richard Franco e Pablo Roberto (Ronald); Pedro Vitor (Jean Silva), Diego Tavares e Muriqui (Paulinho Curuá). Técnico: Marcelo Cabo.