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Paz espiritual também é fator de sucesso no esporte

Carlos Ferreira

Na semana da decisão pelo acesso à Série B, os profissionais do Remo se dedicaram a uma preparação extra. Além dos treinos físicos, técnicos, táticos e mentais (psicológicos), enfatizaram a preparação espiritual. O clube inaugurou uma capela no Baenão e incentivou as orações no espaço ecumênico, não apenas para fazer pedidos, mas também para agradecimentos.

A religiosidade está muito presente no ambiente do futebol, seja na fé de católicos, evangélicos ou de praticantes de outras religiões. A busca é por paz espiritual, energia divina, compreensão da vida em fraternidade, bênçãos...

Liderança e fé, chaves do sucesso

Em 2018, o Remo já era dado como rebaixado quando João Nasser Neto assumiu o comando técnico. Além de ajustar taticamente o time, Netão liderou um movimento de união de forças e fé no poder divino. O resultado: o Leão se salvou de voltar à Série D. Este ano, Rodrigo Santana realizou o mesmo trabalho de liderança e levou o Leão de uma luta iminente contra o rebaixamento à glória do acesso à Série B.

O Paysandu está vivendo agora sua própria luta contra o rebaixamento e precisa se fortalecer na religiosidade de todos e na habilidade de seus líderes. É fundamental que os bicolores estejam em sintonia absoluta e elevem o time ao máximo rendimento nas sete "decisões" que restam nesta Série B.

Baixinhas

  • Robinho, do Paysandu, e Rafael Castro e Paulinho Curuá, do Remo, fizeram manifestações públicas de fé esta semana. Rafael Castro deu o maior exemplo ao subir de joelhos as escadarias da Basílica de Nazaré, como pagamento de promessa pelo acesso do Leão Azul à Série B de 2025. Foi um dos vídeos mais vistos e curtidos nas redes sociais, nos últimos dias, no Pará.
  • Tino, zagueiro e autor do primeiro gol do Bragantino do Pará, em 1993, era e continua sendo um católico devoto, que vai à missa todos os domingos. Na época em que era jogador, enfrentou alguns desafios, mas nunca deixou de cumprir sua rotina de fé. Quem o conhece duvida que tenha existido um jogador mais católico que Tino de Bragança.
  • Outro católico fervoroso é o técnico Cuca, vencedor em grandes clubes do país, que foi atleta do Remo em 1994 e técnico azulino em 2001. Há quatro anos, às vésperas do Círio, atendi a um pedido do Jornalismo da TV Liberal e entrei em contato com ele, solicitando uma mensagem em vídeo para os fiéis nazarenos. Em menos de dez minutos, Cuca gravou e enviou o vídeo.
  • Hélio dos Anjos, Giba, Josué Teixeira, Edson Gaúcho e Eudes Pedro (auxiliar de Cuca) também são devotos de Nossa Senhora de Nazaré. Vânderson, ex-atleta do Paysandu, liderou esta semana um grupo em caminhada de Castanhal até Belém em louvor à padroeira dos paraenses.
  • As manifestações de fé no ambiente do futebol são exemplos importantes para a sociedade. Primeiro, porque quebram a ideia de que os homens do futebol só se preocupam com dinheiro e glamour. Segundo, porque a associação com o poder divino, em qualquer religião, serve para mantê-los humanizados em um meio tão ilusório.
  • Acreditar, rezar, pedir e agradecer são hábitos dos torcedores apaixonados, especialmente nas situações difíceis que seus times enfrentam. A fé surge até mesmo em torcedores que pouco se importam com religião no dia a dia. Isso prova o quanto a energia de Deus faz parte do universo futebolístico, algo muito positivo, especialmente entre as crianças.
  • Hoje é o dia de Nossa Senhora, mas, nos encontros e reencontros que o Círio proporciona, especialmente durante o almoço em família, será inevitável falar sobre Remo e Paysandu. Nada mais paraense! Que assim seja... Feliz Círio a todos.

Carlos Ferreira