Paysandu sem inspiração diante do América-MG; Pavani é criatividade no Remo

Atuação discreta e derrota do Papão em BH

Bolas cruzadas, chutes de fora da área e mais nada. O Papão de Márcio Fernandes repetiu o desempenho do time sob Hélio dos Anjos, ontem, em Belo Horizonte, na derrota para o América Mineiro.

O time bicolor não mostrou superação, muito menos inspiração. Uma atuação discreta! Com o futebol apresentado ontem, o Paysandu não conseguirá se afastar da zona de rebaixamento. E na próxima segunda-feira, o time de Márcio Fernandes enfrentará o Sport Recife, na Curuzu, em situação de risco. O técnico terá que correr contra o tempo, acelerando processos, para tornar o time mais competitivo na reta final da Série B.

Pavani, um jogador que se reinventou no Leão

Dos 42 jogos do Remo na temporada, Pavani esteve presente em 37 (88%). Ele é titular absoluto e o principal articulador de jogadas, atuando como segundo volante. No entanto, nem sempre foi assim. Pavani chegou como meia, lento e pouco competitivo. Aos poucos, foi incorporando o espírito de aguerrimento do Leão e se reinventando. Cresceu muito como atleta!

Paulista, de 27 anos, Giovanni Pavani é uma peça fundamental no time azulino. Um jogador que alia qualidade técnica e liderança com muita raça. Assim, tornou-se um dos mais queridos pela torcida e está vivendo a melhor fase de sua carreira, que pode ser coroada se o Leão conquistar o acesso à Série B.

Baixinhas

• O ponto forte do Volta Redonda é o conjunto. O adversário do Remo tem uma continuidade de trabalho com o técnico Rogério Corrêa e mantém a base do elenco há três temporadas. O técnico teve uma breve saída no ano passado para comandar o CSA em apenas dois jogos. O entrosamento explica muito do sucesso do Voltaço.
• Nenhum titular do Remo é remanescente do elenco de 2023. Ronald, Paulinho Curuá e Jonilson permaneceram, mas são reservas. Mesmo assim, o time encaixou no sistema 3-4-3 de Rodrigo Santana e cresceu na reta decisiva da primeira fase. O Leão aposta na aplicação tática, imposição física e superação para disputar o acesso.
• Robinho no Paysandu: 18 jogos em seis meses no ano passado, peça-chave no acesso. Nesta temporada, 27 jogos, nenhum completo, com baixa produtividade. O jogador de 36 anos, com um currículo glorioso, voltou ao time ontem após mais um período de cuidados médicos.
• Keffel está em uma situação pior do que Robinho. Chegou em julho, vindo de Portugal, e jogou apenas 45 minutos, contra o Santos, com uma atuação lamentável. Agora, está sob cuidados médicos. No início da temporada, o Papão já havia enfrentado dificuldades ao trazer Geferson, que também vinha da Europa. Ele participou de apenas três jogos antes de ser dispensado e transferido para o Londrina.
• No último sábado, completaram-se quatro anos sem Bira, o atacante amapaense que brilhou nos anos 70, tornou-se ídolo do Remo e foi campeão brasileiro pelo Internacional. Ele é lembrado pelos muitos gols, títulos e pela irreverência marcante.
• Números de Ribamar no Remo: 33 jogos e apenas três gols. Ele marcou dois na Copa Verde, contra o Trem e a Amazônia, e um na Série C, contra o CSA. Ainda assim, tem algum crédito com a torcida pela bravura em campo.
• CRB e Ponte Preta, dois times abaixo do Paysandu na Série B, se enfrentam hoje em Maceió. Ituano e Chapecoense foram derrotados na rodada e continuam atrás do Papão na classificação do campeonato.