Paysandu segue sem vencer e Remo embala na Série B
Papão: jejum, alento e missão
O jejum é de sete jogos, disputados em 23 dias. A última vitória do Paysandu foi na semifinal do Parazão (3 x 1 sobre o Águia), no dia 1º de abril. Depois, veio a sequência do jejum, com quatro empates e três derrotas. O alento está no avanço de performance: o time tem jogado bem, mas sem resistência física para manter a devida competitividade.
A grande missão é ter uma participação digna na Copa do Brasil, diante do poderoso Bahia, num mata-mata que começa amanhã, no Mangueirão. É mais um jogo para os bicolores mostrarem superação física, assim como no sábado, em Volta Redonda, contra o Voltaço, lanterna da Série B. Essa maratona dos bicolores não vai mudar até a decisão do campeonato estadual, contra o Remo, no dia 11 de maio.
Leão, 60% de aproveitamento
O Leão Azul só volta a jogar no sábado, contra o Amazonas, em Belém. A semana livre dá protagonismo ao NASP (Núcleo Azulino de Saúde e Performance), com a análise do desgaste físico dos atletas e técnicas de recuperação. Afinal, o time precisa estar em sua plenitude física no sábado, contra o Amazonas, no Mangueirão.
O Remo está no bloco de cima, apenas dois pontos abaixo do líder, além de ser um dos quatro únicos invictos do campeonato. O time está engrenando aos poucos, mas já com 60% de aproveitamento: conquistou 9 dos 15 pontos que disputou. Campanha excelente e com larga margem de crescimento.
BAIXINHAS
*Hoje, completam-se 60 anos do histórico jogo Santos 9 x 4 Remo, no Baenão, com cinco gols de Pelé. Naquele 29 de abril de 1965, Pelé vestiu a camisa do Remo para fotos, e Carlos Alberto Torres estreou no Santos. Na arquibancada estava Manoel Maria, torcedor e fã do Rei. Quatro anos depois, Manoel Maria era colega de Pelé no time santista.
*O rei Pelé voltou a Belém com o Santos em agosto de 1968. Em amistoso na Curuzu, o Santos venceu o Paysandu por 3 x 1, e um dos gols foi de Pelé. O majestoso Edson Arantes do Nascimento, o Atleta do Século, morreu aos 82 anos, em dezembro de 2022, vítima de câncer.
*Rossi, Benítez e Borasi: trio de ataque muito guerreiro, com efetiva contribuição na primeira linha de marcação. O trabalho deles sem bola será fundamental contra o Bahia, amanhã. Com 51 títulos baianos, o Bahia só é superado pelo ABC (57) no ranking dos títulos estaduais. O Papão é o terceiro, com 50.
*O Bahia está tratando a vitória sobre o Palmeiras (1 x 0), na Série A, como afirmação de grandeza, e o jogo contra o Paysandu como confirmação de candidatura ao título da Copa do Brasil. O time tricolor vem determinado a não perder o embalo da vitória do último domingo, em São Paulo.
*Maxwell só deve voltar a jogar em agosto. Pelo menos, o atacante azulino não precisará de cirurgia para recuperar a clavícula. A ausência de Maxwell abre espaço para Gabryel Martins ou PH como reserva imediato.
*Lesões e expulsões no Papão são consequências do desgaste físico, que tende a se agravar com a maratona de jogos e viagens. Lesões por fadiga e esforço; expulsões por combate fora de tempo (chegada atrasada), como no caso de Leandro Vilela contra o CRB. Isso gera irritação e perda de confiança.
*Se Pedro Rocha, do Remo, é o artilheiro da Série B com quatro gols, o tunante Ronaldy desponta na Série D, também com quatro gols. Ronaldy, de 28 anos, chegou à Tuna depois de se destacar no São Francisco, no Parazão. É jogador rodado em clubes do interior do Rio de Janeiro