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Paysandu pode se salvar com 42 pontos; Remo quer transparência

Carlos Ferreira

Série B: Salvação possível com 42 pontos

O CRB está na 17ª posição com 36 pontos. Vamos raciocinar com um ponto a mais para projeção: 37 pontos representam, atualmente, 36,2%. Esse percentual, projetado para as 38 rodadas, indicaria uma meta de 42 pontos. Ou seja, se a tendência se mantiver nos resultados dos times que lutam contra o rebaixamento, 42 pontos podem ser suficientes para a permanência na Série B. Com essa perspectiva, uma vitória do Paysandu sobre a Ponte Preta na próxima segunda-feira ou sobre o Brusque na segunda seguinte já poderia assegurar a permanência.

O Papão superou momentos críticos, como a desconfiança em relação ao técnico Márcio Fernandes e ao comprometimento dos atletas. Hoje, é um time que, embora não empolgue, opera com serenidade e tem a aprovação da torcida. Um time que faz o suficiente!

Transparência: uma palavra mágica para o Leão

Como compromisso de campanha, o presidente Antônio Carlos Teixeira mobiliza o Remo em prol de uma política e de mecanismos de transparência na gestão. Trata-se de um passo importante para a imagem do clube no mercado, especialmente após o resgate da credibilidade nos últimos anos.

É animador saber dos planos do Remo para organizar sua gestão através de um CEO, reforçando o compromisso com a transparência, em um projeto desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas. Esses avanços podem acelerar o crescimento do clube em estrutura, mentalidade e resultados esportivos. O Leão Azul ainda enfrenta resquícios de amadorismo (assim como o Papão), muitos deles ligados à rivalidade regional. Mas já se vê uma luz no fim do túnel.

Baixinhas

  • Faltam apenas seis dias para as eleições do Paysandu. Na próxima terça-feira, os associados irão às urnas para diversas escolhas, sendo a principal para a presidência executiva, entre Roger Aguilera e Felipe Fernandes.
  • A disputa eleitoral fria tem prós e contras. É positiva porque evita tumulto no clube em uma reta decisiva da Série B, onde a prioridade é evitar o rebaixamento. Por outro lado, perde-se a oportunidade de debater o futuro do clube e de estruturar uma oposição ao próximo presidente.
  • Tanto no Paysandu quanto no Remo, as forças de oposição têm sido desarticuladas, tímidas e pontuais, manifestando-se apenas em período eleitoral. No Papão, nem mesmo agora houve movimento significativo.
  • A Copa Verde pode ter seis clubes da Série B: Remo, Amazonas e Goiás já estão confirmados; Paysandu, Vila Nova e Cuiabá são prováveis. O cenário ganha peso político, aumentando a possibilidade de cobrar um tratamento digno da CBF para a competição.
  • A CBF desperdiçou uma oportunidade de se alinhar com a causa ambiental através de uma competição oficial, como era a Copa Verde da Sustentabilidade. As ações ambientais extintas fariam diferença positiva para a imagem da CV, especialmente no ano da COP na Amazônia.
  • A data de reativação do futebol do Remo será 2 ou 9 de dezembro, segundo o técnico Rodrigo Santana. Até lá, o noticiário do clube deverá se concentrar nos anúncios de contratações. Cerca de 20 jogadores devem ser contratados pelo Leão Azul.
  • O Paysandu avalia que fechará o ano com um saldo positivo se confirmar a permanência na Série B, considerando que conquistou o 50° título estadual, a Copa Verde e fez avanços na estrutura. Na sexta-feira, o clube celebrará a inauguração do segundo campo no complexo de Águas Lindas.

Carlos Ferreira