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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Parazão: quanto os clubes vão receber do governo?

Carlos Ferreira
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Além do custeio de viagens, hospedagem e alimentação das delegações, os clubes recebem cotas da venda dos direitos de televisão. Remo e Paysandu ganham R$ 745 mil, cada. Os demais levam R$ 79,8 mil, cada. Os quatro primeiros colocados vão dividir R$ 532 mil em bônus de meritocracia.

Como motores de audiência, Leão e Papão têm todos os jogos transmitidos e dividem 60% de toda a verba. A Federação Paraense de Futebol ganha 5% (R$ 156.710,00) e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol leva o mesmo valor em direitos de arena.

Em 16 anos, cerca de R$ 83 milhões de verba pública no Parazão

O segundo governo Helder Barbalho já é o quinto consecutivo a investir no campeonato estadual. Os patrocínios da Fulntelpa (direitos de transmissão para a TV Cultura), Seel (custeio da logística) e Banpará (publicidade) somam cerca de R$ 83 milhões, desde 2008, conforme dados do Portal da Transparência, levantados pelo jornalista André Laurent (TV Liberal).

André está produzindo dissertação de mestrado sob o título "O dinheiro do povo em campo: a política pública de financiamento do futebol profissional masculino do Pará".
Do ponto de vista do patrocinador, com as transmissões exclusivas da TV Cultura, é a potencialização da sua comunicação, além das vantagens políticas. No desenvolvimento dos clubes, porém, não há resultados que justifiquem.

BAIXINHAS

* Paysandu vai estrear no Parazão sem nenhum paraense no time. O Remo deverá ter Pingo, porque o sergipano Uchôa está sob cuidados médicos, tal como o também paraense Paulinho Curuá. No Castanhal o zagueiro Ademilton é o único "papa açaí". Tapajós, outro importador, tem Djalma, Jaquinha e Ryan.

* Mimica e Martone, dois ex-azulinos na dupla de zaga do Independente, amanhã, contra o Leão Azul. No ataque o time de Tucuruí tem Magno de volta, jogador com passagens pelo Leão e pelo Papão.

* Paysandu já teve duas estreias contra o Bragantino no Parazão. Em 1993, goleou por 5 x 1 com gols de Peri, Marcelo Soares, Rogerinho Gameleira, Carlinhos e Edil. Ano passado, 3 x 1. Gols de Bileu, Christian, Danrley, descontandoThiago Recife.

* O Remo só teve uma estreia contra o Independente. Vitória azulina por 5 x 0. Foi em 1992, quando o Galo ainda era da Marambaia: Agnaldo (2), Papelim, Silvano e Edmilson.

* Zagueiro Charles, do Itupiranga, é o vovô do campeonato. O atleta completou 40 anos em agosto, quando estava a serviço da Tuna. Charles tem 18 clubes na carreira e alguns ele defendeu em duas ou três passagens.

* Thiago Mafra, cedido pelo Remo, e Bruce, fruto do Paysandu, formam dupla ofensiva no Cametá do técnico Rogerinho Gameleira. Dois candidatos a revelação do campeonato.

* A FPF caprichou nos eventos pré-campeonato, mas ficou devendo o treinamento de serviços burocráticos para funcionários dos clubes do interior em legalização de atletas. Seria uma forma de reduzir os riscos de processos por irregularidades, que vêm sendo recorrentes nas últimas temporadas, por barbeiragens.

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Carlos Ferreira
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