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Papão numa estreia de impacto

Carlos Ferreira

Começar o campeonato como visitante, contra o principal time do campeonato, é o maior desafio que o Paysandu poderia ter na abertura da Série B. Um empate já daria autoridade ao time bicolor. Vitória, então... Claro que o Santos, vice paulista, é favorito. Nesse teste de fogo, cabe ao Papão mostrar do que é capaz.
 
Muito diferente do que foi a série de Re-Pas, com alta carga emocional e supremo esforço, a Série B é um campeonato de “jogo jogado”, futebol mais tático do que físico. O desafio de Hélio dos Anjos é tornar o time mais consistente no serviço defensivo, embora no Parazão tenha tomado apenas cinco gols em 14 jogos. O Santos teve a segunda maior artilharia do Paulistão, com 22 gols em 15 jogos. É outra realidade contra os bicolores! 

Enfim, tempo para treinamentos

Depois do sufoco, um privilégio. Gustavo Morínigo comandou o Remo em 11 jogos, todos decisivos, no período de 38 dias. Média de um jogo a cada três dias e meio, tendo que construir um time dentro dessa maratona. Teve apenas uma derrota e fez um time, a ser potencializado e principalmente treinado durante a Série C.
 
O privilégio de Gustavo Morínigo e de todos os outros técnicos da Série C é ter apenas um jogo por semana. O tempo para treinamentos, o acréscimo dos novos contratados e a competência já demonstrada pelo paraguaio dão boas perspectivas ao Leão Azul. 

BAIXINHAS

* Um ganho fisiológico fundamental do Remo, na Série C, vai ser o tempo de recuperação dos atletas no intervalo (uma semana) de um jogo para outro. Alguns tiveram queda de rendimento por fadiga muscular na intensa sequência de 11 jogos decisivos em 38 dias. Foi bem o caso de Sillas. 

* O jogo pensado na Série B deve favorecer o talento de Robinho, o mentor da equipe do Paysandu. Mas vai pesar contra ele a maratona de jogos e viagens. Hélio dos Anjos vai ter que administrar a utilização do meia de 36 anos e flagrantes limitações físicas. Por isso, o elenco ganhou Crystopher e Brendon, que se somam a Biel como alternativas a Robinho.
 
* Léo Pereira é o sétimo lateral-direito que o Paysandu recebe para concorrência com Edilson. Passaram: Igor Bosel, Samuel Santos, Anilson e Nino Paraíba. Permanecem: 
Bryan Borges e Michel Macedo. Mesmo sem brilhar, Edilson superou todos. Com 51 jogos, é o mais longevo da posição na Curuzu depois de Pikachu.

* Fala-se tanto na volta por cima do goleiro Marcelo Rangel, que conquistou a torcida remista, e o novo treinador dele, Daniel Crizel, nem é citado. Crizel, profissional altamente qualificado, é diretamente responsável pela evolução de Marcelo Rangel. Crizel é professor universitário, pesquisador, com alguns trabalhos publicados.

* Curiosamente, o Remo começa a Série C por onde o Paysandu terminou, enfrentando o Volta Redonda. Quem não se classificar à segunda fase da Série C vai parar as atividades no dia 25 de agosto. Decisão do acesso no dia 5 de outubro e do título no dia 20.

* Decidido a cumprir quase todos os seus mandos da Série B na Curuzu, o Paysandu vai reformar o sistema de iluminação do estádio, mudando para a tecnologia de led. Uma exceção certa será o jogo contra o Santos, em agosto, no Mangueirão.

* É provável que o volante João Afonso faça a sua estreia pelo Remo no sábado, contra o Volta Redonda. O atacante Guilherme Cachoeira e o zagueiro Sheldon são as outras novas opções, além do lateral-esquerdo Helder, 35 anos, que está em Belém desde ontem. 

* Águia conhece hoje o seu adversário na terceira fase da Copa do Brasil. O sorteio vai começar às 14h30, na CBF. 

Carlos Ferreira