Papão investe em novos especialistas na gestão
André Alves, português, com ótimas credenciais, é o primeiro CEO (Chief Executive Officer) da história do Paysandu. Ele só está abaixo do presidente e dos vices na gestão das finanças, da administração e do marketing. Essa nova era buscada pelo clube já abriu espaço também para um cientista técnico, que ainda não foi contratado.
É muito animador ver que o Paysandu está quebrando paradigmas e aplicando concepções tão modernas na gestão. O clube cresceu muito. Tornou-se uma máquina pesada demais para a sobra de tempo de abnegados. Assim, dirigentes estatutários seguem decidindo, enquanto especialistas executam, não sem antes dividirem as avaliações.
Leão na mesma esteira
O Remo, igualmente complexo para a gestão, está tomando o mesmo caminho, como apontam evidências da realidade atual, o plano de gestão estratégica recém-produzido pela FGV e as propostas dos candidatos à presidência.
Todos os discursos de campanha eleitoral apontaram para a mesma direção. Antônio Carlos Teixeira, Marco Antônio Pina, Jader Gardeline e Renan Bezerra convergiram na promessa de avançar na profissionalização da gestão, com executivos habilitados.
BAIXINHAS
* A bola está com os associados que irão às urnas neste domingo. Nos aspectos gerais as plataformas dos candidatos não são tão diferentes. Então, as escolhas mais responsáveis terão base nos compromissos específicos e no histórico de cada candidato.
* Obviamente, haverá votos decididos por fofocas, por conveniências pessoais e até por descaso. Na democracia todos valem e são igualmente decisivos. A disputa pela presidência do Leão está aberta a todas as possibilidades, apesar do favoritismo atribuído ao candidato da situação, Antônio Carlos Teixeira.
* Presidente eleito e empossado hoje, no Remo, poderá trabalhar com orçamento em torno de R$ 24 milhões em 2024. O presidente de saída, Fábio Bentes, informou à coluna que para este ano o orçamento foi de R$ 21 milhões, mas o clube vai fechar o ano com um fluxo financeiro em torno de R$ 26,5 milhões. O superavit virou investimentos.
* Por que o Papão procura um cientista técnico? Porque ciência e tecnologia estão fazendo a diferença no "jogo invisível" do futebol. Ou seja, o trabalho de capacitação física e mental dos atletas que os faz prevalecer no gramado.
* O cientista técnico, figura crescente nos grandes clubes, é o profissional dotado dos conhecimentos e liderança para aplicação dos trabalhos inspirados em descobertas científicas e tecnológicas. Tudo pelo aprimoramento dos atletas e potencialização físico-mental do time.
* O despertar do Paysandu para a importância da ciência no futebol abre espaço para psicólogos na Curuzu. Finalmente, vai ser quebrada a tola resistência que impediu nos últimos anos a preparação psicológica dos atletas bicolores.
* Fechada a temporada paraense do futebol profissional, equipes sub-17 e sub-20 dividem com as equipes femininas as atenções da imprensa e do público. A "temperatura" dessas competições está subindo aos poucos, até que cheguem os Re-Pas.
* FPF optou por 13 de janeiro, em Marabá, para a abertura oficial da temporada 2024, com Águia x Canaã, campeões da 1.ª e 2.ª divisões estaduais, na primeira Supercopa do Pará.