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Papão finalista com autoridade da Copa Verde; Remo com dificuldades para implantação de processos

Carlos Ferreira

Dentro dos prognósticos, Paysandu x Goiás decidem a Copa Verde nos dias 9 (Belém) e 23 (Goiânia) de abril. O Papão virou finalista com autoridade ao vencer o São Raimundo de Roraima por 3 x 0, enquanto o Goiás sofreu muito pra eliminar o Brasiliense nos pênaltis, depois de 0 x 0 com bola rolando.

O Papão teve seus pecados e chegou a dar chances ao adversário, mas construiu a vitória sem drama. Vai à 9ª decisão em 12 edições da Copa Verde. Agora, Luizinho Lopes vai tratar de ajustar o time para a maratona da reta decisiva do Parazão, finais da CV, Copa do Brasil e arrancada na Série B.

Um plano contra as suspensões no Parazão

Este é o quarto ano seguido que o Campeonato Paraense é suspenso por imbróglios jurídicos. O incômodo tem mobilizado gente de diversas atividades propondo meios de não apenas resolver o atual enrosco, mas também prevenir outros casos nos próximos anos. 

Ricardo Gluck Paul, presidente da FPF, está amadurecendo um plano. Seria uma operação "pente fino" da própria Federação, a cada rodada, para detectar ilegalidades e denunciar ao TJD. Assim, os processos seriam julgados no curso da fase classificatória. O que ocorre agora é o serviço particular de especialistas que vendem informações a clubes desesperados ao fechamento da fase classificatória. A denúncia imediata desarmaria esse "gatilho".

BAIXINHAS

* O plano da FPF é muito pertinente e pode ser enriquecido com um dia de treinamento aos profissionais da área burocrática dos clubes, antes de o campeonato começar. Caberia também um serviço de consultoria jurídica. Afinal, o problema precisa ser atacado pela raiz.

* Fundamentalmente, precisa haver mais compromisso nos clubes com as funções burocráticas, principalmente no que diz respeito ao regulamento. Só a Justiça Desportiva pode julgar, mas é inegável que o acionamento de Adson (Remo), Henrico (Tuna), Daniel (Capitão Poço) e Sérgio Matheus (Bragantino) não teve amparado do regulamento.

* Se o STJD não acatar o pedido de avocação dos processos do Parazão, o Pleno do TJD fará na segunda-feira o julgamento dos recursos do Capitão Poço e da Tuna, cabendo recurso depois ao STJD. Se ocorrer a avocação, pedida por sete clubes (Remo, Paysandu, Santa Rosa, Independente, Águia, Bragantino e Castanhal), o fim da novela jurídica será antecipado para a próxima semana.

* Trabalhos de recuperação do gramado da Curuzu vão invadir o mês de maio. Se não houver imprevistos, o Paysandu volta a jogar no seu estádio na 8a rodada da Série B contra o Goiás ou na 10a rodada contra o Criciúma.

* O Remo contra o Remo. O trabalho liderado pelo presidente Antônio Carlos Teixeira e executado pelo CEO André Alves, de implantação de processos na gestão, está causando forte movimento de uma ala contrária. É difícil aceitar que um esforço por seriedade e transparência enfrente rejeição. Há muito o que ser explicado...

* O presidente Antônio Carlos Teixeira precisa ser muito firme na sua autoridade para que o André Alves tenha condições de executar sua missão de organizar a gestão para novas etapas de crescimento, previstas no Plano Estratégico produzido pela Fundação Getúlio Vargas. Nessa fase de tensão nos bastidores do clube, é importante ter atenção para os motivos de cada movimento.

* No vazio do Parazão paralisado, o fim de semana sugere amistosos. O Bragantino, por exemplo, vai a Viseu para enfrentar o Escorpião. Um adversário para manter o Braga muito esperto!

 

Carlos Ferreira