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Márcio Fernandes avalia o 'terreno que está pisando' na Curuzu

Carlos Ferreira

Uma vitória, uma derrota e um jogo dificílimo amanhã, contra o Sport Recife. Em meio à pressão por resultados, Márcio Fernandes avalia o terreno em que está pisando na Curuzu, observando a conduta do elenco, principalmente dos medalhões.

Foi sintomática a escalação de Robinho e Nicolas, que estavam em más condições físicas, contra o América. Por não ter formado o grupo, aparentemente, o técnico está evitando confrontos internos ao contornar argumentos das "lideranças". É importante que o comandante seja habilidoso nessa gestão de pessoas. No entanto, o Paysandu não tem tempo a perder. A urgência por resultados exige a escalação de quem está em melhores condições, independentemente de nome, currículo ou influência.

No mínimo, camisa suada

Contra o Sport, a aplicação tática e o esmero técnico serão fundamentais, obviamente. Mas, antes de tudo, o time bicolor precisa conquistar a própria torcida. Como? Com suor, bravura e atitude de quem está disposto a tudo pela vitória.

Não por acaso, o Sport faz campanha de candidato ao acesso. É um time bem qualificado, que, no entanto, sofre com oscilações de desempenho. Cabe ao Papão se impor com responsabilidade, mantendo equilíbrio entre as ações de ataque e defesa. Vale lembrar que a rodada oferece o risco de o Paysandu entrar na zona de rebaixamento.

Baixinhas

  • Hoje, para os bicolores, é dia de “secar” a Chapecoense, que joga em Chapecó, às 16 horas, contra o Avaí. Amanhã, é dia de torcer pelo Papão e, em seguida, "secar" o Brusque, de Marcelo Cabo, que joga em casa contra o Amazonas. De quebra, na terça-feira, torcer contra o CRB, de Hélio dos Anjos, que visitará o Botafogo/SP.
  • Com grande habilidade, Rodrigo Santana conseguiu no Remo o que Márcio Fernandes busca agora no Paysandu: unidade de propósito, compromisso e companheirismo. Ao mesmo tempo, MF precisa administrar os egos e a condição física de atletas que estão abaixo do potencial.
  • Além de provar competência como técnico, especialmente nas questões táticas, Rodrigo Santana impressiona como gestor de pessoas. É agradável, mesmo sendo firme em suas decisões. Ele faz tudo com naturalidade, simplicidade e transmite sinceridade. Esses são atributos admiráveis para um técnico de futebol e para qualquer ser humano.
  • No ano passado, Hélio dos Anjos encontrou uma solução rápida "batendo na mesa e falando grosso". Márcio Fernandes não tem esse estilo e lida com um elenco mais estrelado. Entrar em conflito só valeria a pena com demissões. Dependendo dos resultados, o Papão pode ser forçado a tomar medidas drásticas.
  • Após a apatia do time em Belo Horizonte, há uma expectativa sobre a postura diante do Sport Recife. Esse jogo pode dizer muito sobre o rumo que o Papão tomará no campeonato. A equipe não tem mais gordura para queimar, após somar apenas sete pontos nas últimas onze rodadas.
  • Números de finalizações, desarmes, troca de passes, faltas cometidas e até cartões mostram evolução do Sport Recife nos últimos cinco jogos, especialmente depois da chegada do técnico português Pepa. Esses dados e o desempenho reforçam a confiança dos rubro-negros.
  • O serviço de segurança do Paysandu tem uma missão desafiadora amanhã, prevenindo possíveis reações violentas de torcedores. Claro que a melhor prevenção é a vitória, mas, na hipótese de um resultado negativo, haverá risco de incidentes, o que poderia resultar em punições ao clube no STJD. A prevenção estratégica é essencial agora.

Carlos Ferreira