Lixo útil no Parazão, um golaço da FPF
Como parte de uma proposta de educação ambiental alinhada ao contexto da COP 30, o Parazão 2025 traz uma ação relevante: a coleta de lixo nos estádios e sua destinação à reciclagem. Em partidas de médio e grande porte, o volume de lixo reciclável é significativo, mas historicamente pouco se tem feito no pós-jogo para lidar com esse problema.
Na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, os torcedores japoneses surpreenderam ao recolherem o lixo produzido por eles nos estádios, dando um exemplo de cidadania que, infelizmente, não prosperou no país. Agora, a FPF marca um golaço ao incluir essa temática no próximo campeonato estadual. É fundamental, contudo, que essas ações sejam registradas, amplamente divulgadas e utilizadas como ferramentas de educação ambiental — nos estádios, em casa, no trabalho e em qualquer lugar.
Agenda positiva
Até o final da década passada, as notícias sobre o campeonato estadual, um mês antes de seu início, eram dominadas por laudos pendentes de estádios, gramados sem condições, disputas judiciais e outros problemas. As manchetes eram praticamente um ataque constante, gerando uma agenda extremamente negativa.
Felizmente, esse cenário mudou. Ainda há muito a ser feito para atingir o ideal, mas a evolução é evidente. O campeonato estadual manteve seu formato, fazendo apenas ajustes pontuais, o que facilita a compreensão do torcedor. Agora, os noticiários destacam agendas positivas, ditadas por fatos concretos.
Baixinhas
- O Parazão contará com oito clubes do interior e quatro da capital. O Santa Rosa deve se instalar no interior, provavelmente em Ipixuna. O São Francisco representa Santarém e a região oeste, mas, na prática, atua como um time metropolitano, liderado pelo técnico Samuel Cândido, enquanto o estádio de Santarém permanece em obras intermináveis.
Representantes regionais:
- Sudeste: Águia de Marabá e Independente de Tucuruí.
- Nordeste: Castanhal, Bragantino, Caeté, Capitão Poço e Cametá.
- Capital: Remo, Paysandu, Tuna e Santa Rosa.
- O estreante Capitão Poço será o 74º clube da história do Parazão, que chega à sua 113ª edição. Ranking de títulos: Paysandu (50), Remo (47), União Esportiva (2), Independente (1), Cametá (1) e Águia (1).
- Por questões de visibilidade, o Coritiba preferiu emprestar o lateral Diogo Batista ao Água Santa para o Campeonato Paulista, apesar do interesse do Remo em tê-lo de volta. Se o jogador se destacar, pode render lucro ou, no mínimo, reforçar o elenco do Coritiba na Série B.
- Netinho seguirá no Água Santa/SP. Após sinalizações de saída, o técnico Márcio Fernandes pediu sua permanência. No Paysandu, a renovação de Bryan Borges é praticamente certa. Em paralelo, o clube negocia as situações de Carlão, Matheus Nogueira e Esli Garcia. O volante Leandro Vilela foi descartado.
- O Paysandu esclareceu, via nota oficial, que possui pendências salariais com alguns jogadores, mas que cada caso está sendo tratado isoladamente. Paralelamente, o clube acelera negociações para anunciar reforços em breve.
- Samuel Cândido continua sua trajetória como especialista em "fazer omeletes com ovos de codorna". Ele subiu e manteve o São Francisco na elite, promoveu o Capitão Poço e agora retorna ao São Francisco para um novo desafio. Rogerinho Gameleira será o substituto de Cândido no Capitão Poço.
- Esta coluna é dedicada à memória de Carlos Estácio, radialista, político e homem admirável, falecido aos 84 anos. Ele deixa um legado de integridade e inspiração, causando saudade em seus inúmeros amigos e admiradores.