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Jaderson manda dizer ao povo azulino que fica

Carlos Ferreira

Quando o Paysandu acenou, em abril, Jaderson disse que não sairia do Remo. Falou em gratidão por ter recebido muito apoio no clube quando teve um grave problema familiar. Agora, Jaderson tem sinalização de outros clubes da Série B para a próxima janela de transferências, que começa dia 10 de julho, mas já comunicou ao empresário que não sai do Remo. Vai seguir em toda a disputa do acesso.

Jogador de força, compromissado, aguerrido, multifuncional, bem identificado com o clube, Jaderson vai mostrando potencial para se tornar ídolo, se tiver continuidade. Ele está emprestado pelo Athletico Paranaense até o final da Série C.

Papão discreto em noite de Curuzu lotada

A torcida deu o seu máximo, mas o time do Paysandu foi bem abaixo do potencial. Atuação discreta e um amargo empate, 1 x 1. Se houve destaque no time bicolor foi Netinho, o volante que virou meia e foi acionado ontem para substituir Juninho, que saiu lesionado ainda no primeiro tempo. 

Netinho demorou seis meses para "estrear" no Paysandu. Contratado com o cartaz de grande destaque do Botafogo/PB em 2023, ele foi apagado ao longo do semestre no Papão, mas entrou bem contra o Ituano e melhor contra o CRB, muito aceso. 

BAIXINHAS

* Hoje, Botafogo/SP x Ponte Preta. Vitória botafoguense implicaria na descida do Papão da 15⁠ª para a 16⁠ª posição. Por enquanto, Botafogo e CRB, que estão abaixo, têm dois jogos a menos, para desconforto do Papão, que fará o próximo em jogo contra a Chapecoense, domingo, em Chapecó. 

* Tal como Jaderson no Remo, Esli Garcia, no Paysandu, é outro jogador com potencial para se tornar ídolo. Resta saber se o Papão consegue mantê-lo na Curuzu, já que o venezuelano está no radar de clubes da Série A. Pelo menos, o clube já anunciou a prorrogação do contrato até o fim da Série B.

* Todo time treina como joga. Se treina morosamente, vai jogar morosamente. Era o Remo, antes de Rodrigo Santana. O time passou a treinar em ritmo acelerado e a jogar em crescentes intensidade e resistência. A transformação é tática sim, mas principalmente física.

* Na dinâmica atual de treinamentos, que associa o físico ao técnico e ao tático, o treinador é diretamente responsável pela resistência física dos atletas. Rodrigo Santana empregou essa dinâmica no Remo, que inclui as folgas para recuperação fisiológica.

* O Paysandu teve processo semelhante, ano passado, com o Hélio dos Anjos e o preparador físico Thomaz Lucena. Atletas que se arrastavam em campo passaram a “voar” e o time decolou. Por trás desse “milagre”, a junção de liderança, suor, ciência e tecnologia.

* Se o atleta não tem as energias recuperadas, os treinos seguintes serão contraproducentes. As folgas são fundamentais! E o nível de intensidade física faz a competitividade do time, desde que haja organização tática.

* O Remo está crescendo de jogo para jogo em todas as valências físicas e nos aspectos técnicos, táticos e emocionais. Seguindo nesse processo, se classifica e chega forte à fase dos quadrangulares do acesso. A não ser que perca o rumo.   

* A atual fase Série C vai terminar dia 25 de agosto. A fase dos quadrangulares (seis rodadas) será disputada entre 31 de agosto e 5 de outubro. E a decisão do título nos dias 13 e 20 de outubro. Desde 2016, o Remo só avançou à segunda fase em 2021, quando subiu à Série B.

Carlos Ferreira