Futuro do Paysandu nas mãos de um português; Remo terá um CEO
Futuro do Papão nas mãos de um português
Se em campo o Paysandu contou este ano com jogadores de diversas nacionalidades — um equatoriano, um venezuelano, um uruguaio, um argentino e um camaronês —, na gestão do clube, desde o ano passado, quem lidera é o português André Barbosa Alves. Ele é o CEO (Chief Executive Officer), responsável por toda a máquina administrativa, negócios e marketing do clube, desempenhando um papel crucial. A única área na qual ele não atua diretamente é o futebol, o que justifica sua discrição.
Ex-Secretário Especial Adjunto do Esporte no governo federal, André completará um ano de trabalho no Paysandu em novembro, focado em um plano estratégico para estruturar e desenvolver o clube. Esse trabalho, discreto e focado, busca fortalecer o futuro do Papão, tanto nas áreas físicas quanto organizacionais.
Leão também terá CEO
Para aprimorar sua relação com o mercado, tanto Paysandu quanto Remo dependem de avanços na gestão. O Papão já conta com um CEO há quase um ano, enquanto o Leão está em busca do seu.
O Remo possui um plano estratégico de gestão elaborado pela Fundação Getúlio Vargas, mas ainda enfrenta desafios na implementação. A contratação de um CEO, que chega em meio à ascensão do clube à Série B, promete trazer uma gestão transparente e bem estruturada. Este é o momento ideal para o Remo se preparar, seja para a possível transição para Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ou para se consolidar como um clube competitivo mesmo no formato associativo.
Baixinhas
- Guarani, Brusque, Ituano, Botafogo, CRB, Chapecoense e Ponte Preta: esses são os sete times abaixo do Papão na tabela da Série B. Hoje, a Chape é o único que pode ultrapassá-lo, caso vença o Brusque no duelo catarinense.
- Uma vantagem do Paysandu na luta contra o rebaixamento é sua estabilidade e confiança. Os próximos jogos são contra a Ponte Preta, segunda-feira em Campinas, e, na segunda seguinte, contra o Brusque, em Belém. Boas perspectivas!
- Eduardo Ramos e Vinícius são os últimos ídolos do Remo. O gaúcho Jaderson, de 24 anos, tem potencial para ser o próximo ídolo azulino, com determinação para marcar seu nome no Leão Azul e conquistar títulos.
- Como um clube que contratou 37 jogadores na temporada pode ficar sem um meia para um jogo decisivo como o de sábado contra o Ceará? O Papão não pôde contar com Robinho, Netinho, Chrystopher, e Cazares. Brendon e Biel não corresponderam, e Juninho ficou sem atuar.
- Faltando dois meses e meio para o Parazão 2025, não há movimentos visíveis para a melhoria dos gramados. Souza (Tuna) e Bragança são casos crônicos, enquanto o Castanhal ainda está sem seu estádio municipal, em obras.
- O uruguaio Quintana está rendendo abaixo do esperado. Contratado para ser o “xerife” do Papão, ele ainda não conseguiu se firmar na titularidade. Carlão e Lucas Maia têm sido os melhores zagueiros bicolores.
- A grandeza de um clube não está apenas na capacidade de gasto, mas na otimização dos investimentos. Esse deveria ser o foco de Remo e Paysandu no futebol, mais que o anúncio de folhas salariais. Seria mais edificante divulgar quanto será investido mensalmente nas obras do CT.