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Cooperação é a chave no Remo; maestros do Paysandu estão sem ajudantes

Carlos Ferreira

Amanhã, o crescimento do Leão contra a regularidade do Voltaço

A reação do Remo na Série C começou com a vitória sobre o CSA, em Belém, por 2 a 1. Nos últimos nove jogos, o time teve apenas duas derrotas, ambas como visitante, sendo superior ao Figueirense em Florianópolis e ao Confiança em Aracaju. No restante, foram quatro vitórias e três empates. Pelo crescimento em todos os aspectos, o Leão chega com autoridade para o novo confronto contra o Volta Redonda.

Consistente na marcação e com bom volume de ataque, o Leão está no mesmo nível do adversário, o que gera esperança de êxito na missão de amanhã. No quesito torcida, é possível que os azulinos se igualem nas arquibancadas. Afinal, o Volta Redonda tem uma média de apenas 395 pagantes por jogo. É o crescimento do Leão contra a regularidade do Voltaço.

Papão, quem carrega o piano?

Nicolas e Robinho são os "pianistas" do Papão. Mas quem carrega o piano por eles? Um jogador sem grandes obrigações de marcação pode ser aceitável, desde que desequilibre com a posse de bola. Dois jogadores isentos, no entanto, sobrecarregam os colegas e comprometem o sistema. Foi assim que o Paysandu jogou na derrota para o América.

Márcio Fernandes precisa priorizar o comprometimento físico em suas escolhas para montar um time competitivo. Se continuar escalando jogadores pelo currículo, como fez em Belo Horizonte, não terá sucesso em sua missão. Na quarta-feira, especialmente no segundo tempo, o time foi apático e sem inspiração.

BAIXINHAS

  • Com uma média de 13.635 pagantes por jogo na Série C, o Remo está acima de 17 clubes da Série B, ficando atrás apenas do Ceará (23.393), do Coritiba (14.101) e de quatro clubes da Série A (Criciúma, Juventude, Atlético Goianiense e Cuiabá). O Paysandu tem a 6ª maior média da Série B, com 10.571 ingressos vendidos por jogo.
  • Com Quintana suspenso e Lucas Maia lesionado, o Paysandu deve contar com Wânderson e Carlão como dupla de zaga contra o Sport Recife. Outras mudanças podem e precisam ocorrer no time bicolor.
  • Pelo talento, Matheus Anjos seria titular absoluto do Remo. No entanto, o meia não consegue acompanhar a intensidade da equipe. Ele não foi acionado nos últimos cinco jogos e, no último em que entrou, contra o Confiança, em Aracaju, jogou apenas oito minutos.
  • Aos 25 anos, Matheus Anjos aparenta ser fisiologicamente "mais velho" que Bruno Silva, o capitão, que, aos 38, segue vigoroso como se tivesse 25. Se não fosse por essa limitação física, Matheus Anjos estaria brilhando na Série A ou até mesmo na Europa.
  • O meia Lucas Lima, ex-Palmeiras e Santos, é o principal jogador do Sport Recife e, possivelmente, de toda a Série B. Está jogando muito e exigirá atenção redobrada da defesa bicolor na segunda-feira. Praticamente todas as jogadas de ataque do Sport passam por ele, que também é o responsável pelas bolas paradas.
  • O desempenho do Remo como visitante nesta Série C: duas vitórias (Sampaio Corrêa e Caxias), dois empates (São José e São Bernardo) e sete derrotas. Apenas 24,2% de aproveitamento, além de ter sofrido gols em todos os dez jogos.
  • Pelos números atuais da Série B, seria possível evitar o rebaixamento com 43 pontos, mas a pontuação de segurança é 45. Em tese, o Paysandu precisaria conquistar de 13 a 15 dos 33 pontos que ainda vai disputar na Série B.

Carlos Ferreira