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Contratações: a curiosidade contra a sigilosidade

Carlos Ferreira

A sigilosidade, compromisso de manter informações em sigilo, mede forças com a curiosidade da imprensa e dos torcedores a respeito dos nomes envolvidos nas futuras contratações de Remo e Paysandu. Fontes e interesses tornam-se as principais ferramentas para romper bloqueios nesse jogo entre fatos e boatos.  

Na temporada das especulações, tudo é dinâmico. Nomes negados podem acabar confirmados; negócios dados como fechados podem desandar; negociações encerradas podem ser retomadas; e nomes descartados, eventualmente, ressurgem. Contudo, o mercado começa a impor prazos para um "sim" ou "não". A hora dos fatos está chegando! Finalmente, as notícias de Leão e Papão saltarão do campo das especulações para o das contratações.  

Márcio Fernandes: espaço reconquistado

O novo contrato de Márcio Fernandes com o Paysandu, válido para 2025, simboliza a reconquista de um espaço importante. Apesar da resistência inicial ao seu retorno, ele respondeu com um trabalho sólido. Sob o seu comando, em 13 jogos, o Papão alcançou 59% de aproveitamento, desempenho superior ao do Ceará, que subiu para a Série A com 56%.  

Com sua fala mansa e seu jeito simples, Márcio Fernandes muitas vezes é comparado a outros profissionais. No entanto, seus números falam por si, tanto nesta temporada quanto em passagens anteriores. No Paysandu, em particular, sua trajetória é marcada por conquistas: ele foi campeão paraense como atacante em 1981.  

Baixinhas

  • Reforços no Remo: Igor Henrique, meia castanhalense de 32 anos que defendeu o Vila Nova na Série B, iniciou conversas com o Remo. O jogador, que já trabalhou com Sérgio Papelim no Fortaleza, junta-se a outros nomes especulados no clube, como Jean Drosny, Luizinho, Bruno Melo, Dodô, Mário Sérgio, Rodolfo, MV e Caio Dantas.  
  • Artilharia bicolor: Nicolas foi o artilheiro do Paysandu na temporada, com 20 gols marcados em 4.013 minutos jogados, média de um gol a cada 200 minutos. Já Esli Garcia, com 14 gols em 1.913 minutos, alcançou uma média de um gol a cada 136 minutos, sendo, na prática, o principal artilheiro do time e da Série B.  
  • Estádios no Parazão: Devido a obras, Baenão e Curuzu estarão fechados durante o campeonato estadual. A Arena de Breves, na cidade marajoara, será a casa do Santa Rosa, enquanto o estádio de Augusto Corrêa abrigará o Caeté.  
  • O caso Luan: Rumores indicam que o presidente eleito do Paysandu, Roger Aguilera, está empenhado em contratar o meia Luan, destaque do Grêmio até 2018. Desde então, Luan passou por Corinthians, Santos e Vitória, além de um retorno frustrado ao Grêmio. Apesar do declínio, seu currículo impressiona: campeão olímpico (2016), da Libertadores, da Sul-Americana e da Copa do Brasil pelo Grêmio. Contudo, nos últimos três anos, Luan disputou apenas 22 jogos. Aos 31 anos, ele se torna uma aposta que exige avaliação cuidadosa, considerando seu rendimento atual e o custo-benefício do investimento.  
  • Mercado de especulações: Empresários têm papel central no mercado do futebol, guardando propostas enquanto buscam ou provocam melhores oportunidades para seus atletas. Muitas vezes, repórteres são usados como canais para divulgar nomes nos noticiários.  
  • Vazamentos inevitáveis: Familiares, amigos e outros envolvidos também contribuem para vazamentos de informações. Apesar das negativas oficiais, a maioria dos nomes acaba sendo confirmada. O Remo, por exemplo, deve oficializar novidades nos próximos dias.  

Carlos Ferreira