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Constatação! Remo e Paysandu viraram a chave

Carlos Ferreira

Há dez anos, Remo e Paysandu enfrentavam duras cobranças por suas pesadas dívidas trabalhistas, entre outras dificuldades. Ambos os clubes pareciam presos ao passado, sempre em grandes apuros, e falavam pouco sobre o futuro. Mas essa realidade mudou, e para melhor, o que é uma constatação animadora.

Na última sexta-feira, o Paysandu inaugurou o segundo campo do que ainda é um esboço de seu futuro Centro de Treinamento. Cada passo desse projeto merece ser celebrado! O Remo, por sua vez, adquiriu o complexo do Carajás e também avança na construção do seu CT. Essas políticas estruturantes demonstram um compromisso com o futuro, que parece promissor. Outros progressos indicam que Leão e Papão estão, finalmente, saindo do atoleiro. Ainda têm defasagens, mas caminham bem.

Papão: vitória, alívio e festa programada

Com um futebol pragmático e uma vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, o Paysandu chegou aos 43 pontos e está praticamente livre do rebaixamento. A festa do “fico” está marcada para a próxima segunda-feira, em Belém, contra o Brusque, que joga hoje em Santa Catarina contra o Botafogo/SP. Caso o Brusque não vença, chegará a Belém já rebaixado.

É um alívio para os bicolores e um mérito para o técnico Márcio Fernandes, que praticamente cumpriu sua missão. O cenário indica que teremos o clássico Re-Pa na Série B de 2025, recolocando o futebol paraense em destaque com seus principais clubes.

BAIXINHAS

  • O Paysandu está em processo eleitoral. Esta é a disputa mais tranquila das últimas cinco décadas no clube. Tudo indica que o atual vice-presidente, Roger Aguilera, será eleito, concorrendo com o ex-vice Felipe Fernandes.
  • Na Tuna, Armando Mourão desistiu da candidatura e juntou-se à chapa de Luiz Gonzaga. As eleições da Tuna acontecem no dia 7 de dezembro. O clube perdeu o ritmo da história e ficou bem atrás de Remo e Paysandu. Há muito a ser feito para que o cruzmaltino recupere sua grandeza.
  • Na final da Copa do Brasil, a torcida do Flamengo fez uma grande festa no Maracanã, com direito a mosaico, mas nada comparado aos espetáculos das torcidas de Remo e Paysandu no Mangueirão. Isso reflete a nova fase do futebol paraense.
  • As notícias sobre dívidas trabalhistas deram lugar a temas como obras físicas, sociais e avanços organizacionais. O que ainda causa irritação é o excesso de contratações, com alto índice de erros. Muito gasto para pouco retorno.
  • O novo estádio Mangueirão e a realização frequente de grandes eventos também fazem parte dessa nova era, que merece ser celebrada. Um exemplo é a vinda da Seleção Brasileira, que fará três dias de treinos na cidade para o jogo do próximo dia 14 contra a Venezuela.
  • Comentário desta coluna sobre as graves consequências do alcoolismo no futebol foi reproduzido ontem no UOL pelo Blog de Juca Kfouri. É uma honra para o colunista, além de gratificante ver o alerta ser ampliado para todo o país, com o respaldo de um jornalista renomado e respeitado.
  • Na edição do próximo domingo, esta coluna trará um alerta sobre o único movimento de prevenção e resgate de atletas afetados pelo alcoolismo: o trabalho dos Atletas de Cristo, que, além de disseminar mensagens bíblicas e práticas religiosas, desempenham uma função social importante no combate aos desvios na carreira de atletas profissionais de futebol.

Carlos Ferreira