CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Ao contrário do rival, Paysandu jamais perdeu imóveis por dívidas

Carlos Ferreira
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Se o Remo perdeu por dívidas o Posto Azulino, em 1985, e a sede campestre (Benfica) em 2008, o Paysandu orgulha-se de jamais ter perdido qualquer imóvel, apesar dos muitos leilões programados pela Justiça do Trabalho para venda do estádio, da sede social e da sede náutica. Agora, além desses três patrimônios, o clube tem também a área de 113 mil metros quadrados em Águas Lindas onde está construindo o Centro de Treinamentos.

Mesmo o vínculo de jogadores, com base na Lei Pelé, o Paysandu só perdeu o meia Rodrigo Félix e o goleiro Evandro Gigante por descumprimento de deveres trabalhistas. O Remo perdeu mais de 20 atletas e alguns deles migraram imediatamente do Baenão para a Curuzu: Belterra, Dema, Rogerinho, Ney, Rodrigo, Velber, Balão...

Apesar das perdas, Remo ainda supera o rival em patrimônio

Com o Baenão (28.028 m² no Marco), sede social, parque aquático e ginásio (8.748,5 m²), sede náutica (1.137,32 m² na Cidade Velha) e o Centro de Treinamentos (98 mil m² no Outeiro), o Remo teve o patrimônio imobiliário avaliado, em maio, em R$ 218 milhões. Essa é uma avaliação de mercado, assinada por Aury Donato, profissional habilitada e diretora proprietária da Lopes Donato Imóveis.

O Paysandu teve o seu patrimônio avaliado em R$ 152 milhões. O Papão tem o Estádio da Curuzu (12 mil m² no Marco), sede social e ginásio (7.500 m² em Nazaré), sede náutica (2.500 m² na Cidade Velha), área do futuro CT (113 mil m² em Águas Lindas).

BAIXINHAS

* O Remo deu sinal claro de que entraria num grande endividamento ainda nos anos 70, com as irresponsabilidades cometidas na gestão do Posto Azulino, anexo ao Baenão. Jogadores e gente de outros segmentos do clube enchiam o tanque do carro e não pagavam. Em consequência, o clube não pagava o fornecedor.

* Com débitos acumulados impagáveis, em 1985 o Remo apelou para o então ministro Jarbas Passarinho para um acordo com a Petrobrás e entregou o Posto pela dívida. Depois disso, a farra foi de débitos trabalhistas, um câncer do qual o clube está sendo curado em drástico tratamento.

* O Paysandu escapou da perda de patrimônio com muito esforço dos seus advogados, também por gestões nada responsáveis nos deveres trabalhistas. O Papão esteve perto de quitar seus débitos no TRT, o que teria ocorrido em maio de 2020, se o plano não tivesse desandado.

* O que mais atrapalhou foi o fracasso da campanha na Série B de 2018, com contratações a rodo, rebaixamento e novo lote de ações trabalhistas. Mas o clube funciona hoje em aparente equilíbrio.

* Como destaca o grande benemérito Antônio Couceiro, sob comando de Giórgio Falângola (anos 60) o Paysandu teve grande avanço patrimonial, com maiores benefícios para o estádio Leônidas Castro.

* No Remo o último grande avanço estrutural foi a compra o Centro de Treinamentos do Carajás, que o clube segue pagando e promovendo melhorias. O principal reflexo está nas categorias de base.

* Hoje o Leão Azul pode se tornar bicampeão sub-20, em decisão contra o Pinheirense. O jogo será no Baenão, às 9h30. Os remistas levantam a taça até perdendo por um gol, já que ganharam o primeiro jogo por 2 a 0. 

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Carlos Ferreira
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