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Jaqueline Mourão: a ciclista brasileira de destaque internacional

Rosiane Rodrigues

A atleta Jaqueline Mourão é uma das maiores referências esportistas do Brasil, tendo oito participações olímpicas, sendo a maior cidadã brasileira com maior participação em olimpíadas, e conquistado diversos títulos em sua carreira. Aos 47 anos, Jaqueline começou sua trajetória esportiva ainda jovem e sua primeira participação em um campeonato mundial foi em 1997, na Suíça. “É difícil separar minha vida do esporte. Eu sou esporte, eu respiro esporte e treinos. Minha vida foi toda baseada em performance e em esporte, então esporte é minha vida e contribui para tudo o que eu sou nas pistas e fora delas”, disse.

Segundo Jaqueline, uma das grandes contribuições do esporte em sua vida são os ensinamentos de como lidar com as conquistas e derrotas. “O que eu levo para a vida é saber lidar com as vitórias e as derrotas e aprender a comparar eu comigo mesma e não com os outros. A celebrar cada pedacinho da progressão e entender que tudo leva tempo, a gente não tem nada pronto. Não existe uma receita pronta, existem várias variáveis e o que vai fazer a diferença é como você faz para lidar com isso, qual vai ser a sua reação. Então aprendi muito a analisar situações, a aprender com os meus erros, a ter paciência e a entender que eu também sou ser humano, não sou uma máquina, e cada progressão tem que ser celebrada", disse.

Mulher de fé, a lendária enfatiza os significados dos títulos. "Sou uma pessoa movida a desafios. Tenho cinco títulos brasileiros no Mountain Bike. A primeira medalha nos jogos pan-americano de Mountain Bike feminino é minha, mas eu nunca gostei de acumular títulos. Sempre gostei de me desafiar e desbravar outras  experiências", afirmou ao enfatizar que busca conseguir escrever seu nome da história. “A gente está continuando para tentar a nona olimpíada e escrever mais uma vez meu nome na história como atleta com mais olimpíada no Brasil, mas isso faz parte dessa busca de me desafiar mesmo", acrescentou.

Com muitas vitórias e muitos títulos, Jaqueline é pioneira e abriu portas para as novas gerações nas olimpíadas. “Esse pioneirismo e esse desafio de abrir portas é muito complexo e exigente, porque você não sabe aonde ir, não tem um caminho traçado, então acho que colocou mais dificuldade nessa carreira de atleta, que já é algo bem desafiador", detalhou.

Quem vê os holofotes do pódio não faz ideia das dificuldades nos bastidores. Jaqueline já competiu doente, já sofreu um acidente enquanto viaja para um campeonato, já teve vários tombos e já competiu não estando 100%. "Tenho um amigo canadense, que foi meu treinador de biathlon, e ele falava: 'nunca vai ser fácil, Jaque', e essa frase me marcou muito, foi muito boa, porque a gente fica esperando ser fácil, não ter dificuldade. Então é se acostumar a nunca estar na sua zona de conforto. Essa imagem de pódio, de ser fácil para os campeões, eu também achava, mas não é fácil, independente do primeiro ou último colocado. Os desafios são todos os dias e você tem que estar buscando esse equilíbrio. Então é sempre tirar o seu melhor com aquilo que você tem naquele momento", disse.

A frase que define 2023 para Jaque é: gratidão. "É muita gratidão. É continuar fazendo meu trabalho, continuar levantando a bandeira do Brasil para todos os lugares que eu conseguir. Eu tenho muita honra, muito orgulho de poder  representar o meu país e comecei 2023 com gratidão de tudo o que eu vivi, com oito experiências olímpicas, com três diferentes modalidades, duas olimpíada inverno e verão e ter sobrevivido com esse desafio tão enorme que foi às olimpíada de inverno e verão em seis meses. Gratidão demais por tudo o que eu vivi e tudo o que eu conquistei. Essa é a palavra que define para mim em 2023", concluiu. 

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Adrenalina