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Atletas celebram os 40 anos do Motocross no Pará

Rosiane Rodrigues

Com início de corridas no Camping Ibirapuera, em Castanhal, município paraense, nos anos 80, um dos maiores esportes de off road do mundo completa 40 anos desde a primeira competição no estado. Com disputas em todas as regiões do Pará, o esporte só cresceu.

Segundo Paulo Henrique da Silva Bento, o Soró, presidente da DS Sports, organizadora do Campeonato Paraense de Motocross, homologado pela Federação Paraense de Motociclismo, o evento promove o turismo esportivo em cada município em que ocorre. “As competições movimentam todo o comércio do município por dois ou três dias, como hotéis, lanchonetes, restaurantes e muitos outros e isso é muito bom para aquecer a economia”, afirmou.

Sobre estar a frente do Campeonato Paraense há anos, Soró afirma que fica feliz em saber que vem ajudando no crescimento da modalidade. “Há 14 anos a DS Sports realiza eventos de Motocross e nesses anos a gente contribuiu muito, graças a Deus, para a evolução do esporte. Hoje em dia o nosso campeonato é um dos melhores do Brasil. Nosso Motocross é conhecido em todo o território nacional, tendo em vista que este ano a gente talvez traga uma ou duas etapas do Brasileiro de Motocross para o Pará, isso é o reconhecimento do esporte a nível Brasil. É gratificante demais estar a frente desse esporte este tempo todo”, disse o presidente. 

Nilson Gusmão, o Tatu, piloto do número 147, é um dos atletas das antigas e compete fortemente até hoje. Para ele, o Motocross vai muito além do esporte radical sob duas rodas e soma no desenvolvimento físico e intelectual de quem o pratica. “Uma criança que pratica Motocross não vai estar na rua colocando em risco sua vida e das outras pessoas. No Motocross, a pessoa tem que aprender a usar os EPI 'S e isso faz com que ela crie uma rotina e depois que cria consciência crítica, jamais vai andar sem EPI' S, jamais vai querer correr na rua ou fazer coisa errada”, disse o empresário. 

Ainda segundo Nilson Gusmão, quem pratica o esporte aprende a ser disciplinado, a se alimentar corretamente e a buscar ter preparo físico. “No meu caso, além do motocross, eu também faço musculação para reforçar os músculos, jiu jitsu para o alongamento e pratico mountain bike, que me dá preparo físico. Aprendemos que na vida não se vence nada sem muita dedicação, muita vontade e muito treino”, afirmou.

José Humberto, o Betão, número 69, assim como Nilson Gusmão, foi um dos primeiros a praticar motocross no Pará. “Nesses longos anos no Motocross, o Pará vem se destacando muito na organização dos eventos e na qualidade dos pilotos. Nos anos 90 não tinha piloto que participava do brasileiro de Motocross, hoje a gente tem equipe que participa do brasileiro, isso é importante. Uma evolução muito grande”, afirmou.  

“A intenção de quem está no esporte há muito tempo é que essa meninada que fica andando de moto na rua, que é muito perigoso, vá extravasar suas energias no Motocross, que lá você está com todos os EPI’s essenciais e os ricos ficam quase zero, por causa desses equipamentos. Esses dias fui lá na pista da Equipe Traterra e fiquei muito contente, porque tinha dois meninos pequenos, que o pai deu motinho, e uma garotinha de sete anos também, que já está querendo aprender. Então é muito bom tirar o foco dessa rapaziada da bebida, das drogas, dando apoio no esporte, porque esporte é vida e não combina com bebida e drogas. Esse é o legado que a gente tenta deixar para os filhos e para os netos”, enfatizou Betão, hoje com 55 anos.

Betão explicou que para praticar o motocross é preciso amar, mas também ter disciplina. “Eu e o Nilson malhamos todo dia e fazemos bike em prol de andar bem no Motocross, porque se você estiver bem preparado, o risco de acidente diminui bastante. 80% do Motocross é preparo físico e 20% é a moto. Fico muito satisfeito em ver a evolução ao longo dos anos e em ver a garotada e os pais investindo pesado no esporte. Nos sentimos como uma família. A gente vai às corridas para relaxar do dia a dia e rever os amigos. O motocross é uma família que a gente ganhou e a cada dia vem crescendo mais”, disse.

De Castanhal, Matheus Lopes é um dos destaques atuais no Motocross paraense. Ele já foi 6x campeão paraense e arrasta títulos nas competições. “Dividir essa alegria na pista, com os familiares e amigos, é uma história que fica e é muito gratificante”, afirmou o piloto, de 31 anos e que começou no MX aos 18.

Aos 13 anos e com muito amor pelo que faz, Arthur Gomes, o Arthurzinho, de Parauapebas, número 18, é um dos destaques da nova geração e vem representando muito bem o esporte aqui no Pará e fora também. Como piloto profissional, o adolescente começou o amor pelo esporte ao acompanhar o pai nas competições e hoje disputa, inclusive, o Campeonato Brasileiro de Motocross.

“Me sinto confortável, uma leveza muito grande, pois estou fazendo o que gosto”, disse o piloto ao destacar o incentivo da família. “São um apoio essencial para mim, pois são eles que tiram todo o tempo deles para mim e a gente vem se entendendo e vão me ajudando no que podem”, concluiu.

Acelerando

Motocross
O Campeonato Brasileiro de Motocross está com a primeira etapa agendada para os dias 9 e 10 de abril, em Sorocaba/SP. Para informações do regulamento e inscrições, os pilotos podem acessar o site da CBM (http://www.cbm.esp.br/).

Enduro
Os pilotos de Enduro Regularidade estão com os treinos a todo vapor para o Campeonato Paraense de Enduro Regularidade, com a 1ª e 2ª Etapa marcada para o dia 19 e 20 de março, em Castanhal. 

Ciclismo
O V desafio do Bujaru de MTB Marathon será no dia 20 de março. Com organização do Amazônia Bike, o evento vai reunir ciclistas de todo o estado. Mais informações no site: https://www.fpcpara.com.br/
 
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