ADRENALINA

Por Rosiane Reis

Quadro voltado para esportes radicais assinado pela jornalista Rosiane Reis, que potencializou o amor pelos esportes radicais em 2017, quando iniciou as coberturas de Motocross em todo o estado do Pará. Polimata, é pedagoga, letrista, pós-graduada em Gestão de Negócios e Marketing e Neuropsicopedagogia, tem MBA em Business Intelligence, MBA em Finanças e Investimentos na Era Digital, MBA em Contabilidade Empresarial e MBA em Design Thinking. É CVO do site Gastronomia Paraense e CEO da RÔ Comunicação. Instagram: @i.rosiane

Atletas celebram os 40 anos do Motocross no Pará

Rosiane Rodrigues
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Com início de corridas no Camping Ibirapuera, em Castanhal, município paraense, nos anos 80, um dos maiores esportes de off road do mundo completa 40 anos desde a primeira competição no estado. Com disputas em todas as regiões do Pará, o esporte só cresceu.

Segundo Paulo Henrique da Silva Bento, o Soró, presidente da DS Sports, organizadora do Campeonato Paraense de Motocross, homologado pela Federação Paraense de Motociclismo, o evento promove o turismo esportivo em cada município em que ocorre. “As competições movimentam todo o comércio do município por dois ou três dias, como hotéis, lanchonetes, restaurantes e muitos outros e isso é muito bom para aquecer a economia”, afirmou.

Sobre estar a frente do Campeonato Paraense há anos, Soró afirma que fica feliz em saber que vem ajudando no crescimento da modalidade. “Há 14 anos a DS Sports realiza eventos de Motocross e nesses anos a gente contribuiu muito, graças a Deus, para a evolução do esporte. Hoje em dia o nosso campeonato é um dos melhores do Brasil. Nosso Motocross é conhecido em todo o território nacional, tendo em vista que este ano a gente talvez traga uma ou duas etapas do Brasileiro de Motocross para o Pará, isso é o reconhecimento do esporte a nível Brasil. É gratificante demais estar a frente desse esporte este tempo todo”, disse o presidente. 

Motocross Castanhal Nilson Gurjão

Nilson Gusmão, o Tatu, piloto do número 147, é um dos atletas das antigas e compete fortemente até hoje. Para ele, o Motocross vai muito além do esporte radical sob duas rodas e soma no desenvolvimento físico e intelectual de quem o pratica. “Uma criança que pratica Motocross não vai estar na rua colocando em risco sua vida e das outras pessoas. No Motocross, a pessoa tem que aprender a usar os EPI 'S e isso faz com que ela crie uma rotina e depois que cria consciência crítica, jamais vai andar sem EPI' S, jamais vai querer correr na rua ou fazer coisa errada”, disse o empresário. 

Ainda segundo Nilson Gusmão, quem pratica o esporte aprende a ser disciplinado, a se alimentar corretamente e a buscar ter preparo físico. “No meu caso, além do motocross, eu também faço musculação para reforçar os músculos, jiu jitsu para o alongamento e pratico mountain bike, que me dá preparo físico. Aprendemos que na vida não se vence nada sem muita dedicação, muita vontade e muito treino”, afirmou.

José Humberto, o Betão, número 69, assim como Nilson Gusmão, foi um dos primeiros a praticar motocross no Pará. “Nesses longos anos no Motocross, o Pará vem se destacando muito na organização dos eventos e na qualidade dos pilotos. Nos anos 90 não tinha piloto que participava do brasileiro de Motocross, hoje a gente tem equipe que participa do brasileiro, isso é importante. Uma evolução muito grande”, afirmou.  

“A intenção de quem está no esporte há muito tempo é que essa meninada que fica andando de moto na rua, que é muito perigoso, vá extravasar suas energias no Motocross, que lá você está com todos os EPI’s essenciais e os ricos ficam quase zero, por causa desses equipamentos. Esses dias fui lá na pista da Equipe Traterra e fiquei muito contente, porque tinha dois meninos pequenos, que o pai deu motinho, e uma garotinha de sete anos também, que já está querendo aprender. Então é muito bom tirar o foco dessa rapaziada da bebida, das drogas, dando apoio no esporte, porque esporte é vida e não combina com bebida e drogas. Esse é o legado que a gente tenta deixar para os filhos e para os netos”, enfatizou Betão, hoje com 55 anos.

Betão explicou que para praticar o motocross é preciso amar, mas também ter disciplina. “Eu e o Nilson malhamos todo dia e fazemos bike em prol de andar bem no Motocross, porque se você estiver bem preparado, o risco de acidente diminui bastante. 80% do Motocross é preparo físico e 20% é a moto. Fico muito satisfeito em ver a evolução ao longo dos anos e em ver a garotada e os pais investindo pesado no esporte. Nos sentimos como uma família. A gente vai às corridas para relaxar do dia a dia e rever os amigos. O motocross é uma família que a gente ganhou e a cada dia vem crescendo mais”, disse.

De Castanhal, Matheus Lopes é um dos destaques atuais no Motocross paraense. Ele já foi 6x campeão paraense e arrasta títulos nas competições. “Dividir essa alegria na pista, com os familiares e amigos, é uma história que fica e é muito gratificante”, afirmou o piloto, de 31 anos e que começou no MX aos 18.

Aos 13 anos e com muito amor pelo que faz, Arthur Gomes, o Arthurzinho, de Parauapebas, número 18, é um dos destaques da nova geração e vem representando muito bem o esporte aqui no Pará e fora também. Como piloto profissional, o adolescente começou o amor pelo esporte ao acompanhar o pai nas competições e hoje disputa, inclusive, o Campeonato Brasileiro de Motocross.

“Me sinto confortável, uma leveza muito grande, pois estou fazendo o que gosto”, disse o piloto ao destacar o incentivo da família. “São um apoio essencial para mim, pois são eles que tiram todo o tempo deles para mim e a gente vem se entendendo e vão me ajudando no que podem”, concluiu.

Acelerando

Motocross
O Campeonato Brasileiro de Motocross está com a primeira etapa agendada para os dias 9 e 10 de abril, em Sorocaba/SP. Para informações do regulamento e inscrições, os pilotos podem acessar o site da CBM (http://www.cbm.esp.br/).

Enduro
Os pilotos de Enduro Regularidade estão com os treinos a todo vapor para o Campeonato Paraense de Enduro Regularidade, com a 1ª e 2ª Etapa marcada para o dia 19 e 20 de março, em Castanhal. 

Ciclismo
O V desafio do Bujaru de MTB Marathon será no dia 20 de março. Com organização do Amazônia Bike, o evento vai reunir ciclistas de todo o estado. Mais informações no site: https://www.fpcpara.com.br/
 
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