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Um Parazão caro para chuchu!

Abner Luiz

A cada ano o futebol fica mais caro, não tem como a conta ser menor, mas essa temporada promete e já é a mais cara. Começar o ano com folha de 1,5 milhão de reais, não se via faz muito tempo. R$ 1,5 milhão, no mínimo, já que a operação total dos clubes custa ao todo cerca de R$ 2,3 milhões. Essa conta não fecha se olharmos só para bilheteria e o mês de patrocínio, aí começa a cirurgia que precisa ser feita. O padrão dos jogadores contratados é bem diferente do que de costume, não chegam exigindo nada, por já receberem bons salários na carreira. Não chegam exigindo dinheiro na mão ou dois meses de aluguel. Até a garagem dos clubes está mais “elitizada”, tem muita máquina estacionada. A responsabilidade dos gestores passa a ser maior ainda.

“Futebol de 30 reais”

Com a conta alta dos clubes. Remo e Paysandu não terão outro caminho se não cobrarem mais nos ingressos. Mesmo o futebol não sendo exato, também vão ter que garantir bons jogos. O valor de 30 reais poderá até seguir no campeonato estadual, mas as competições nacionais ficarão com preços que não correspondem ao investimento. Não será uma decisão simpática ao consumidor, mas precisará ser feito se quiserem ajudar a fechar a conta. O sócio torcedor pode ser uma saída, ou melhor, é uma saída mais barata para o consumidor, já que pagará mais barato. Os clubes contribuíram para o erro quando o ingresso ficou mais barato ou preço igual ao do sócio torcedor. Sem dinheiro, sem investimento, dificilmente se obtém resultados. É muito difícil se construir um time bom e barato para essas bandas do Brasil.

Mercado prostituído!

Esses patrocínios de casas de apostas no futebol estão movimentando o mercado dos clubes. Está ocorrendo leilão, inclusive com multas sendo pagas, só para a Bet que não está no clube passar a estampar o seu serviço nas camisas. Isso pode não ser ruim, mas é preciso que os clubes saibam quem no mercado entrega o que promete. O certo é que com tanta Bet fica uma salada danada até para o consumidor, que deve até se confundir em quem apostar. Remo e Paysandu estão nesse radar, inclusive abrindo as portas e nominando seus canais de comunicação com o nome da Bet patrocinadora. Mas vamos ver pelo lado bom, hoje a fartura da procura é melhor do que antes.

Apito final.

A Federação Paraense de Futebol, através do seu presidente Ricardo Gluck Paul, teve postura bem transparente para o evento que trará o Flamengo. Primeiro deixou claro aos descontentes que o Mangueirão não é da FPF e pode realizar qualquer partida.

A Federação também se colocou à disposição da Federação Carioca para qualquer intercorrência, tem assessorado os organizadores da partida, inclusive credenciando a imprensa. Com o Pará na rota dos grandes eventos, é assim que se faz mesmo.

O Flamengo virá dos Estados Unidos, depois de uma mini-temporada e com o elenco completo. Os que possuem a síndrome já conhecida, afirmavam que viriam com time reserva. A logística dos EUA para Belém é melhor que a do Rio de Janeiro.

André Cavalcante, diretor jurídico da FPF, está em linha direta com os clubes, assessorando para não restar qualquer dúvida para o desenrolar do Parazão. André já percorreu praticamente todos os postos no futebol e agora está a serviço da Federação Paraense.

Abner Luiz