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O poder de convencimento bicolor

Abner Luiz

Hélio dos Anjos pegou a estrada, partiu de Belém de carro e saiu visitando cidades do Brasil tendo, como destino final, Florianópolis. Deixou quem não quer mais no elenco, quem o Paysandu pode renovar e uma lista para novas contratações. Internamente, também apontou o que precisa mudar e indicou o substituto para o seu filho. Como saiu de férias, o executivo Ari não terá o mesmo privilégio e precisa entregar ao treinador, no seu retorno, o solicitado. Claro que o Paysandu vai usar estar na Série B para convencer jogadores a mudar o endereço para Belém. Mas sabemos que vai concorrer com os estaduais com mais visibilidade e equipes de Série B das regiões Sul e Sudeste do país.

Bem menos do que o esperado

Quem imaginou que as eleições no Clube do Remo seriam bem mais agitadas, com troca de “tiros”, ainda mais com quatro chapas disputando, até o momento, passou longe. Acredito que a razão maior é o Tonhão, que todos os concorrentes e muitos envolvidos na eleição, possuem por ele um respeito muito grande. Pela história, postura dentro do clube e a forma que está se posicionando na disputa. Claro que quem circula em volta dos candidatos e busca votos junto aos associados não está medindo esforços e muito menos tendo a ética necessária, mas, publicamente, não. O Clube do Remo não é galhofa e respeitar o clube e a eleição é, primeiro, respeitar a história de mais de 100 anos.

Os CTs ainda são um problema

Remo e Paysandu esperaram mais de 100 anos para criar um espaço que possam treinar e prepararem a base, que não seja o próprio estádio. Com áreas escassas mais próximas à cidade, recorreram a locais que não possuem habitações no entorno, que permitam aos jogadores morarem próximo e, com isso, evitar que seus elencos sofram com horas de trânsito para o transporte de seus estádios para os espaços. Para ter uma estrutura com acomodações para receber os atletas para um dia cheio de trabalho, ainda falta muita coisa. O Paysandu, por exemplo, tem destacado a colocação de caixas de aço, para que jogadores usem o banheiro. Mesmo com todo o esforço, ainda os dois estão muito longe do ideal.

Apito final.

Se o Catalá retornar ao Remo, será mais fácil o clube se livrar de muitas caras já carimbadas no clube. Diferente disso, ainda vão convencer outro treinador a manter uns “carros” velhos que não entregam resultado algum.

No Paysandu a análise é de quanto do dinheiro que o clube vai arrecadar em 2024 servirá para investimento no futebol e quanto será usado para pagar o que o clube investiu para subir para a Série B. Existem números relevantes a cumprir.

Professora Graciete atendeu ao pedido de membros do conselho, entre outras lideranças da Tuna Luso, e se licenciou. Primeiro, por seis meses, e poucos acreditam que ainda retorne para fechar sua estada na presidência.

Um bom domingo a todos!

Abner Luiz