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Menos uma semana para o Leão

Abner Luiz

Quem se organiza cedo enfrenta menos problemas. O Remo já está na Série B de 2025 há uma semana e precisa começar a planejar a próxima temporada, independentemente de ter ou não conseguido a classificação para a final da Série C. As dispensas ou a renovação de contratos com os jogadores do elenco não devem interferir nesse planejamento. Porém, é fundamental partir de dois pilares: quem será o treinador e o executivo de futebol? Caso haja troca no comando executivo, é importante que o novo responsável não seja atropelado pelo processo de transição. A Série B deve ser encarada como uma Série A, não apenas no aspecto esportivo, mas também no crescimento do clube como um todo.

Estrutura do clube

Ainda não está claro se a gestão de Tonhão vai focar diretamente em resultados no futebol, para a alegria da torcida, ou se o clube crescerá paralelamente ao futebol. No primeiro ano, o foco foi 100% no desempenho dentro de campo, sem investimentos significativos no clube, como melhorias na infraestrutura para o futebol. Essa falta de investimento pode cobrar seu preço futuramente, caso o Remo precise de melhorias para continuar sendo competitivo. Obviamente, se perguntarmos aos torcedores, o que importa são os resultados em campo, mas o impacto dessa falta de estrutura pode aparecer mais tarde. É possível fortalecer o clube como um todo.

Algumas necessidades

O Remo tem potencial para crescer como instituição. Seu centro de treinamento (CT) não evoluiu e isso dificulta a aceitação de propostas por parte de alguns jogadores. O "Carrossel" pode ser transformado em um campo de treinamento, com instalações adequadas para o futebol, como alojamentos e um departamento de ciência esportiva. Parcerias serão essenciais para viabilizar esses projetos. Com as certidões regularizadas, o Remo pode valorizar seus espaços, inclusive por meio de empréstimos junto ao Banco do Estado do Pará. A base pode ser beneficiada com um uso exclusivo do CT, enquanto o Mangueirão se torna o principal campo de jogo. Assim como os torcedores do Flamengo têm apenas lembranças da Gávea, o Remo poderia usar estrategicamente suas instalações no centro da cidade, sem precisar começar tudo do zero.

Apito final

  • Felipe Fernandes vai disputar a presidência com Roger Aguilera, segundo informações divulgadas por Carlos Ferreira. Essa notícia surge em um momento delicado, em que o Paysandu luta para escapar do rebaixamento. A tensão só tende a aumentar até a eleição.
  • Seria muito injusto se Maurício deixasse o Paysandu fora da Série B. Até a oposição reconhece seu valor, sendo querido e respeitado pela maioria. No entanto, quando o assunto é política interna, não será surpresa ver alguns torcendo contra o próprio clube. Infelizmente, essa é a realidade.
  • Tradicionalmente, a situação tem vantagem nas eleições do Paysandu. Se Roger ou qualquer outro candidato for apoiado pela situação, é provável que vença. Política existe em todos os lugares, e no Paysandu não é diferente.

Abner Luiz