Falta pouco para o Re-Pa
A régua no início de 2025 será medida no Re-Pa do próximo domingo. Será uma semana diferente, não para o torcedor, mas principalmente para quem ainda não viveu o clássico. Como atração, os dois clubes estão na Série B, mas, dentro de campo, ainda não vemos grandes nomes. O Re-Pa eleva a régua também pela rivalidade. Não será decisivo, mas pode ser definitivo caso algum lado vença com folga. O favoritismo tende a ficar mais com quem está em paz do que com quem joga um melhor futebol. Que a temperatura seja apenas a necessária, sem excessos.
O Paysandu e suas incertezas
Por se tratar de uma nova administração, mesmo com o presidente já vivendo o clube há muito tempo, o Paysandu mexeu no seu “bolo” antes de sair do forno ao desistir do seu treinador. O bastidor conturbado tem sido rotina no futebol bicolor, e nem sempre fica claro quem realmente pesa na hora de o presidente tomar decisões. Mas essa incerteza — às vezes até desconfiança —, dependendo de como a motivação chega para o elenco, pode transformar o time naquilo que o Paysandu se caracteriza: um clube que se agiganta nas dificuldades.
Um time a ser testado
Começando pelo treinador, que nunca encarou um Re-Pa, e passando por muitos jogadores que viverão a emoção e adrenalina pela primeira vez, será um teste que colocará em avaliação um time novo, mas que vem sobrando no Parazão. Só que é preciso lembrar que o Re-Pa é um campeonato à parte e que, necessariamente, quem perde não pode achar que está tudo errado. Quem mede um time por um clássico é o torcedor, e não quem precisa traçar o caminho correto para a temporada. O Remo tem o maior investimento, mas isso não garante que seja melhor.
Apito final
- A cobrança de R$ 200 por uma cadeira cativa na Curuzú tem reduzido notoriamente o público nos jogos. O presidente já disse que não irá recuar, e fica claro que a intenção é incentivar o torcedor a aderir ao programa de sócio-torcedor.
- No Remo, o futebol profissional continua sendo a prioridade do presidente Tonhão. Nada no clube divide sua atenção, e isso tem refletido nas outras diretorias e no próprio investimento estrutural do clube.
- A CBF tem feito jogo duro com os clubes, não permitindo que os jogos sejam transmitidos pelos canais oficiais das equipes. Com isso, torcedores têm feito transmissões ao vivo e movimentado as redes sociais. Mas os clubes não podem!
- O Re-Pa vale a liderança isolada do Parazão! Pois é, mas as duas equipes já estão classificadas. A renda do clássico também é muito esperada pelas duas diretorias. São folhas salariais caras, e arrecadar é fundamental.