Sermão de encerramento destaca Círio de solidariedade, sobriedade e silêncio

A missa, celebrada pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém, dom Antonio de Assis Ribeiro, abordou a fé inabalável diante da pandemia

João Thiago Dias
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"Este Círio foi de três ésses: solidariedade, sobriedade e silêncio", destacou o bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém, dom Antonio de Assis Ribeiro, na missa de encerramento da programação oficial deste domingo (11), após mais de quatro horas de homenagens, várias surpresas, contratempos e diversas manifestações de romeiros - que foram às ruas mesmo com o cancelamento das procissões oficiais deste ano, no 228° Círio de Nossa Senhora de Nazaré. 

A missa de encerramento começou por volta das 11h38 e encerrou às 12h46, na Basílica Santuário de Nazaré, em Belém. O sermão pontuou a força da fé inabalável dos devotos de Nossa Senhora de Nazaré, que, mesmo em tempo de pandemia, conseguiram adaptar as manifestações de devoção.

"Que bom termos feito esse itinerário diferente. O Senhor nos proporcionou uma experiência diferente das tradicionais. Para aqueles que estão longe, mas que nos acompanham, com certeza sentiram as mesmas emoções. Desceram as mesmas lágrimas", iniciou dom Antonio.

"Foi um ano difícil e ainda está sendo com doença, dificuldade, choro e lamentos. Um vírus desafiou a ciência, promoveu crises, sobretudo na economia, política. Limitou a nossa liberdade e as relações humanas, oprimindo até a convivência familiar. Mas nossa fé continuou inabalável", completou.

E o sermão reforçou várias vezes que a pandemia não impediu que o Círio fosse vivenciado. "O Círio é sempre o mesmo, independentemente da diversidade de modalidades. O Vírus não conteve a beleza da nossa fé.

Em seguida, dom Antonio explicou os três ésses mencionados. "Com criatividade da nossa fé, mostramos diversidade dos modos como podemos vivê-la. Dentro do contexto do Círio da solidariedade, pois não poderíamos fazer festa exuberante no meio de tantos irmãos doentes, que perderam seus parentes. Solidariedade com quem sofre", explicou.

"Além disso, a sobriedade, que nos leva a segurar apenas o essencial. Sem exageros, que nada têm a ver com a nossa fé. Demos graças a Deus porque estamos com vida e fomos preservados da morte. E o silêncio, com menos barulho, menos poluição. O mundo vive essa experiência de cuidado porque a doença nos silenciou. Silenciou até a ciência. E, na liturgia, devemos estar contidos", detalhou o bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém.

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