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Segurança e planejamento: o papel da PRF em procissões do Círio

Haroldo Teixeira, superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Pará, explica por que a instituição faz a escolta da Imagem Peregrina

Gabriel da Mota

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) é responsável por planejar e garantir a segurança de três das 14 romarias oficiais do Círio de Nazaré: o Traslado para Ananindeua e Marituba, a Romaria Rodoviária e a Moto Romaria. “A presença da PRF no Círio se dá pelo fato da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré ter o status de chefe de Estado. É uma das atribuições da PRF fazer a escolta de chefe de Estado”, explica o superintendente da PRF no Pará, Haroldo Teixeira. Nas três procissões, a PRF fornece a escolta principal e a Guarda de Nazaré faz a proteção da Imagem Peregrina.

Segundo o superintendente, o Traslado para Ananindeua e Marituba, que ocorre na sexta-feira antevéspera do Círio, é o mais desafiador. “É o mais cansativo, devido ao calor excessivo e à longa distância de 53 km”, afirma Teixeira. Durante o Traslado, mais de 100 policiais são mobilizados. “No ano passado, tivemos cerca de 30 motocicletas e 15 viaturas de quatro rodas”, detalha. A equipe é composta tanto por policiais locais quanto por reforços de outras regionais do país.

O planejamento para as romarias envolve reuniões com a Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), outros órgãos, como o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e a guarda municipal, visando corrigir problemas de anos anteriores e melhorar a segurança. Uma das principais mudanças implementadas ao longo dos anos é a redução do comboio de viaturas e o revezamento das equipes de motociclistas. De acordo com o superintendente da PRF no Pará, essas medidas têm contribuído para manter o horário programado para a chegada das procissões.

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“Estamos buscando formas mais seguras e adequadas para o transporte dos jornalistas durante o evento”, afirma Teixeira sobre uma das novidades para este ano. A ideia é implementar um sistema de transporte semelhante ao utilizado durante a posse de presidentes, com uma estrutura segura para os jornalistas.

No aspecto pessoal, ele destaca o impacto emocional dos desafios. “É uma experiência muito empolgante. A demonstração de fé que você vê nas ruas é algo único. É por isso que muitos policiais rodoviários federais fazem questão de participar. E o Traslado para Ananindeua é a procissão mais perigosa, porque adentra ruas muito estreitas. Tem que ter muito cuidado, porque é ciclista e pedestres, inclusive crianças, correndo, atravessando”, diz.

Apesar do crescimento dos eventos e da frota de veículos, há espaço para melhorar a organização das procissões. “Como a frota de veículos aumenta cada vez mais, precisamos tentar diminuir esse impacto causado nas avenidas, transformando o comboio em mais seguro e menor”, reconhece. 

Teixeira também reflete sobre o significado do Círio. “Como todos dizem, é o Natal dos paraenses. Não é uma religião, é fé e pertence a todos. E Nossa Senhora de Nazaré é nossa mãe, a PRF tem essa percepção de que Ela é uma grande protetora da instituição”, conclui.

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