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Tacacá: o que é, como fazer, como tomar o caldo cantado por Joelma e típico em Belém

Maniçoba e pato no tucupi são alguns dos pratos mais consumidos nessa época de ano por serem ‘a cara’ do Círio; confira

O Liberal

O Círio de Nossa Senhora de Nazaré, eleito um Patrimônio Cultural Imaterial pela Unesco, é uma celebração que vai além de manifestações de fé e devoção. A grandiosidade da festa religiosa abrange outros pilares culturais dos paraenses como o turismo, as tradições e, claro, as comidas típicas que fazem parte da identidade do Estado e desta época. Uma das principais é o tacacá. Veja como fazer e como tomar o caldo de tucupi com camarão, jambu (erva que deixa a boca "dormente") e goma de tapioca.


Pratos como maniçoba, tacacá e pato no tucupi estão presentes na mesa de quem é da região Norte e de quem é apreciador da cultura paraense, sendo também as principais escolhas para as refeições neste período de homenagens à padroeira dos paraenses. Conheça mais sobre as iguarias:

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Originalmente, o tucupi é um líquido de cor amarelada extraído da mandioca brava durante a prensa da raiz. Na forma natural, ele é considerado um alimento tóxico e venenoso, por possuir alto teor de cianeto. No entanto, o alimento passa por um processo de retirada da substância tóxica, como decantação e fermentação, sendo um dos líquidos mais consumidos na região. O tucupi é vendido nos mercados - livre das toxinas  e prontos para o consumo, sendo este o meio mais indicado de ser adquirido.

O tucupi e o jambu são a base dessa receita. Outros ingredientes também são incorporados ao alimento, como a goma de tapioca e camarão salgado. O tacacá tem origem indígena e era usado como sopa para curar enfermidades em aldeias. Atualmente, há regiões no Estado que não consideram o tacacá como uma refeição, mas há quem discorde. Confira como fazer:

A maniçoba é um prato tipicamente paraense que divide opiniões quanto à origem da receita. Há estudiosos que afirmam ser de tradição indígena, outros acreditam que vem dos escravos. Independente de como surgiu, o prato é feito com a folha moída da mandioca que precisa ser cozida durante vários dias.

Por mais que a tradição fale que o tempo de cozimento são de sete dias, pela toxicidade, há pesquisadores que confirmam que após algumas horas no fogo, o alimento não é mais nocivo à saúde. Porém, quanto mais dias a maniçoba ficar no fogão, mas ela apura o sabor e incorpora às carnes, embutidos, defumados, entre outros ingredientes, ficando cada vez mais. 

A folha de maniva também pode ser encontrada nos supermercados na versão pré-cozida, devendo ser levada ao fogo por três ou quatro dias quando comprada dessa forma. Confira a receita:

O pato no tucupi também é de origem indígena e surgiu de um modo curioso. No passado, o tucupi era usado para temperar carnes e o pato, por ser uma ave encontrada com facilidade na região e sempre fez parte da culinária local. A mistura de ambos agradou a várias pessoas, tornando esta uma das principais receitas da região Norte.

Em outras versões, o pato pode ser substituído pelo frango, que possui uma carne mais macia e suculenta, não perdendo a origem da receita. Confira como fazer:

Ingredientes

  • 1 Pato limpo (lavado);
  • 2 Pimentões cortados;
  • 2 Tomates cortados;
  • 1 Cheiro verde;
  • 2 Cebolas picadas;
  • 4 Dentes de alho picados;
  • 1 Maço de Jambu;
  • 2 Litros de Tucupi;
  • 2 Colheres de Azeite;
  • 2 Colheres de Açúcar;
  • Sal à gosto;
  • Vinagre.

Modo de preparo

  1. Tempere o pato com vinagre, azeite, sal e alho. Leve ao forno de 50 a 60 minutos a 180*C para pré-cozinhar. Numa panela em fogo médio acrescente o azeite, alho e as verduras para refogar. Acrescente o pato pré-cozido. Depois acrescente o tucupi e o açúcar, deixe ferver. Acrescente o jambu e o cheiro verde e deixe ferver novamente.

No canal Amazon Sat, a receita de pato no tucupi está completa em vídeo. Confira:


Carolina Mota, estagiária sob supervisão da Editora Web Rayanne Bulhões

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