‘Maior participação dos guardas e evitar o corte da corda’, espera coordenador da GNSN

Oscar Pimenta Filho explica que a missão dos guardas dura o ano inteiro na Paróquia de Nazaré, mas se intensifica em outubro

Gabriel da Mota
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Neste ano de 2024, a Guarda de Nossa Senhora de Nazaré (GNSN) celebra meio século de história. Sob a atual coordenação de Oscar Pimenta Filho e Rodrigo Abrahão, o grupo formado por mais de dois mil homens tem buscado transformar sua reputação truculenta sem perder de vista sua missão principal: garantir a segurança da Imagem Peregrina nos eventos religiosos, como os do Círio de Nazaré.

A história da GNSN começou em 1974, criada pelo padre Giovanni Incampo para substituir militares que faziam a proteção da Imagem da Santa nas procissões, como forma de evitar que os fieis fossem machucados. Desde então, passou por mudanças, ampliando o foco na evangelização.

Oscar Pimenta Filho assumiu a coordenação em janeiro de 2024, ciente da responsabilidade.

“É um fardo muito pesado. Mas a gente conta com diretorias que nos ajudam no dia a dia, e isso torna a responsabilidade um pouquinho mais leve”, comenta.

A escolha dele e do vice-coordenador, Rodrigo, para o biênio 2024-2025 foi feita pelo presidente da Guarda, o padre Francisco Assis.

image Oscar Pimenta Filho, coordenador da Guarda de Nossa Senhora de Nazaré para o biênio 2024-2025 (Carmem Helena | O Liberal)

As atribuições da GNSN vão além do Círio e incluem ações solidárias. “Nosso trabalho é diário nas igrejas da Basílica Santuário que, hoje, contempla sete igrejas”, explica Oscar. A Guarda também realiza ações sociais, como doações de sangue, por meio da Diretoria de Saúde, e de cestas básicas.

Com 2.600 guardas ativos, o grupo formou, no último junho, a mais nova turma de 461 guardas. O curso de formação durou três meses e teve um impacto profundo na vida dos participantes. “Muitas pessoas foram resgatadas, algumas estavam a ponto de tirar a própria vida”, relata o coordenador.

Círio 2024

Para o Círio deste ano, a expectativa é de um maior engajamento dos guardas, que devem participar de pelo menos 52 missas ao longo do ano para estarem aptos a atuar nos festejos marianos.

“Esperamos um Círio diferente, com maior participação dos guardas e uma tentativa de evitar o corte da corda”, afirma Oscar.

Além da segurança da Imagem Peregrina durante as procissões, a Guarda está envolvida em várias atividades do Círio, como a vistoria da corda e das estações que a integram, dias antes da Trasladação e da grande procissão de domingo. “Nosso trabalho [mais intenso] começa na quarta-feira e só termina depois da quinzena do Círio”, explica.

O ingresso do atual coordenador na GNSN, 10 anos atrás, está diretamente ligado à Festa de Nazaré. “Eu estava ‘desencaminhado’, voltando de uma festa entre o sábado e o domingo de Círio, e vi alguns amigos na Guarda. Isso me tocou profundamente e decidi que precisava mudar minha vida”, relembra.

Para Oscar, o Círio de Nazaré é um milagre, uma prova da fé e da devoção que une milhares de pessoas todos os anos. “Nunca tivemos uma catástrofe. A gente entende que, de fato, é uma coisa divina. E a Guarda tem que ser vivida com o coração. Nosso propósito é ficar perto dela [Nossa Senhora] e de quem Ela carrega no colo. É isso que mais me marca”, conclui.

A cobertura do Círio 2024 em O Liberal tem o apoio do Instituto Cultural Vale e o patrocínio da Bet.Bet.

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