Mãe relembra graças alcançadas para seus filhos por intercessão de Maria
Suelen Portela conta sobre momentos marcantes em sua vida e na de seus meninos
O amor de uma mãe por seus filhos pode fazer com que ela supere qualquer barreira para vê-los felizes, saudáveis e seguros. Para as mamães religiosas, é na fé onde elas encontram uma forma de buscar proteção aos seres oriundos dos seus próprios ventres, não importando se são crianças ou adultos. E foi com esse afeto maternal e devoção à Nossa Senhora de Nazaré que Suelen Portela viu milagres acontecerem e se eternizarem em sua vida.
Nascida em um núcleo familiar de católicos, Suelen aprendeu com os pais a seguir os mandamentos do Cristanismo. Desde a infância, ela ia com eles à igreja, participava dos eventos religiosos voltados às crianças, foi batizada, fez a primeira comunhão, mas não conseguiu participar do sacramento do crisma por conta do falecimento do pai e da mudança para outro estado junto com a família.
Suelen começou a trabalhar cedo e conciliava o emprego com os estudos, mas não deixava de frequentar a igreja aos domingos. Quando retornou a Belém, ela teve o seu primeiro filho, aos 26 anos de idade. O menino, chamado Carlos Portela, foi diagnosticado com autismo severo, aos 3 anos, e a notícia a deixou bastante preocupada. Naquele momento, a mãe da criança se viu desesperada, precisou ainda mais do apoio do esposo, Luis Portela, e teve que redobrar sua fé em Nossa Senhora de Nazaré.
“Imagina o que é para uma mãe, ouvir de um médico que seu filho tem 90% de chances de não fazer nada, não ter sentimento, que também não vai conseguir aprender e vai apenas decorar, disse também que meu filho tinha 90% de chances de ser uma criança não verbal, ou seja, que não iria falar. E se você ver, hoje, o meu filho é muito inteligente, ele escreve tudo em inglês no computador, consegue se comunicar, então tive que aumentar a minha fé, entreguei nas mãos dela [Nossa Senhora] com uma fé que eu não consigo nem explicar”, disse Suelen ao falar do filho que, agora, tem 13 anos de idade.
Hoje, aos 40 anos, ela conta que pais de crianças com autismo costumam trocar conhecimentos uns com os outros para tentarem compreender melhor seus filhos. Suelen diz que sempre procura falar às outras famílias sobre a importância da fé. “Nem todos eles (outros pais) são católicos, mas faço questão de falar que hoje estou colhendo um fruto bom que eu plantei. Uma família que recebe a notícia de um diagnóstico como esse, que nós recebemos há 10 anos, precisa acreditar em algo, pois a batalha não é fácil”, afirma Suelen.
A família Portela assegura que vivenciou um novo milagre, no ano passado, desta vez com o outro filho mais novo, um bebê de 1 ano e sete meses, chamado Lorenzo Portela. “Em 2020, todos nós pegamos covid-19 em casa, menos minha mãe, mas o Lorenzo, que tinha quatro meses de vida na época, também pegou. Um certo dia, percebi que ele estava dormindo muito e quando o carreguei, ele começou a revirar os olhos e ficar com o aspecto de um bebê falecido, muito branco e sem movimento”, contou.
“Fomos a um hospital particular e chegando lá, fiquei de joelhos e entreguei meu filho à Nossa Senhora de Nazaré. Com muita fé, falei que se ele conseguisse sair dessa, eu ia de joelhos no próximo Círio para pagar essa promessa da bênção dele. Nós ficamos três dias na UTI e depois ele teve alta. Infelizmente, não teremos a procissão mais uma vez, no entanto, ano que vem, espero que possa ter, pois vou cumprir o que prometi para Nossa Senhora”, completou.
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