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Círio 2022: fé em Nossa Senhora de Nazaré se manifesta em pequenos objetos; vídeo

Muitas promessas são feitas por meio de fitinhas, que são amarradas no braço dos fiéis

Dilson Pimentel

A fé em Nossa Senhora de Nazaré é, muitas vezes, difícil de ser explicada em palavras. E as pessoas devotas da padroeira dos paraenses acumulam histórias de graças alcançadas. E muitas promessas são feitas por meio de fitinhas, que são amarradas no braço dos fiéis ou na grade da Basílica Santuário de Nazaré. Há dezenas dessas fitinhas na grade da igreja e na grade de acesso à Praça Santuário. A fita é, portanto, um símbolo da fé.

Vanusa de Souza Lima é fisioterapeuta e tem 54 anos. Nasceu no Rio de Janeiro, onde mora, mas tem família em Belém. E, no começo deste mês de setembro, ela esteve na capital paraense para participar de um casamento e de um aniversário de 15 anos de pessoas de sua família. Em uma manhã de muito sol, a reportagem a encontrou em frente à Basílica Santuário de Nazaré.

Vanusa comprou 20 fitinhas. “Nossa senhora de Nazaré é uma força para a nossa família. Sempre que posso estou aqui. Pertenço a um grupo de oração, lá no Rio de Janeiro, e estou levando para as minhas amigas. É o grupo Terço das Mulheres. Vou levar em sinal de fortalecimento de nossa fé”, contou. Naquela manhã, ela assistiu à missa na Basílica Santuário. E, depois, colocou as fitinhas no portão da igreja. “É para fortalecer a fé da minha filha”, contou, acrescentando que ela também usa esse objeto no braço.

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Sílvia Coelho, 55, há 20 anos vende artigos religiosos do Círio. Ela tem uma barraca em frente à Basílica. Fitinhas, camisas, terços, imagens são alguns desses produtos. “Vendo muito fitinha. Já mandei fazer 900 milheiros. Sai tudo quase no Círio. Não tenho nem noção de quantas dá. É muita fita. Cada pacote coloco 300 fitas. E aí vai”, contou. “As minhas fitas são mais em conta. 5 por 1 real. É a barraca mais em conta que tem”, afirmou. Esses itens são procurados por jovens e idosos.

"É gratificante. Sou devota de Nossa Senhora", diz vendedora

Ela explicou que o povo paraense só começa a comprar artigos do Círio em setembro. “É quando ele começa a montar a festa. Compram fitas, lembranças, muita coisa para distribuir para os amigos que vêm de fora”, disse. Sílvia concilia as vendas com a devoção à Rainha da Amazônia. “É gratificante, sou muito devoto dela. Eu era promesseira de cordas. Já recebi muitas graças dela. Não tem nem conta. Pra mim, é prazeroso”, disse.

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Ela lembrou que, há muitos anos, a fiscalização apreendeu a mercadoria dela. E, logo em seguida, conseguiu autorização de um padre para ter sua barraca em frente à Basílica. “Tudo é obra divina. Quando Deus fecha uma porta, ele abre outra Eu tenho muita fé”, afirmou.

Sílvia disse que vende esses objetos, mas que também os doa aos compradores. “Eu vendo, mas sempre tenho que te doar alguma coisa. É a promessa que fiz com ela. Eu tenho que doar, porque ela (Nossa Senhora) não quer só as vendas. Ela quer que você também doe”, afirmou. Sílvia também usa esses objetos, entre os quais terço. “Tenho as minhas novenas que faço aí dentro (na Basílica), meio-dia é a hora que eu entro”, contou.

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