Exposição de carros minimiza ausência de procissões do Círio

Além de recolher ex-votos, uma das barcas exposta em frente à Basílica também está recebendo donativos para distribuir entre famílias de baixa renda da capital

O Liberal
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Mais que um evento, o Círio de Nazaré é um momento mágico, um sopro da devoção que nutre católicos de diferentes idades e lugares do Estado. Por isso a ausência das procissões tem marcado tanto esse período de pandemia. Para minimizar essa saudade, a Diretoria da Festa de Nazaré expõe alguns dos carros usados nos percursos em frente à Basílica Santuário de Nazaré, desde o último dia 10. A estrutura de acesso aos veículos permite uma visita sem aglomeração e com medidas de prevenção.  

Dois desses carros são especiais. Um vai receber os objetos utilizados pelos promesseiros para o pagamento de promessas. Os chamados ex-votos podem ser depositados diariamente no Carro dos Milagres. “Numa outra barca, a igreja estará recolhendo donativos, que podem ser doados da mesma maneira, sendo depositados na barca. Esses mantimentos serão levados diariamente para a Basílica e distribuído pela ação social da Igreja a famílias de baixa renda”, explica o diretor de procissões do Círio de Nazaré, Mário Tuma Jr.

A servidora pública Karoline Lima, 24, integra o mar de fiéis que sofre com a saudade das procissões. Em 2020, ela fez o trajeto da trasladação ao lado da mãe numa quarta-feira à noite, logo depois de assistir à missa. Seguiu cantando e rezando o terço como se faz na procissão do sábado à noite, numa prova clara de que o Círio está, de fato, dentro de cada pessoa.

“Este ano, eu e um grupo de amigos vamos fazer diferente. Estamos nos programando para percorrer a pé o trajeto entre Castanhal e Belém. Vamos orar e cantar a Nossa Senhora durante o trajeto, porque não há sacrifício quando a iniciativa é por devoção”, explica Karoline, que tem na cura de um grave problema de saúde por intercessão de Maria a origem da devoção que carrega pela Mãe de Jesus.

A previsão da diretoria da Festa de Nazaré é de que muitos devotos também não deixem o final de semana do Círio passar em branco. Mas é preciso ter cuidado. “As missas estão com número de participantes controladas e a própria programação do segundo domingo de outubro, está indefinida porque a pandemia ainda está aí e todos precisamos nos cuidar”, explica Mário Tuma Jr.

O transporte dos carros expostos em frente à Basílica Santuário para o galpão da Companhia Docas do Pará (CDP) foi suspenso desde o ano passado. Mas os veículos poderão ser visitados até o dia 24 de outubro, quando encerraria a quadra nazarena caso o cenário fosse normal. A exemplo do ano passado, tudo precisou ser reinventado para que o Círio não passasse em branco. “Essa pandemia tirou muito de nós, mas acredito que depois de tudo isso o Círio voltará ainda maior. Que volte com 4 milhões de participantes, e não mais 2 milhões”, comenta, sorrindo, Karoline. 

Além da Berlinda, também integram o conjunto de veículos do Círio o Carro de Plácido, a Barca da Guarda Mirim, Barca Nova, Cesto de Promessas, Barca com Velas, Barca Portuguesa, Barca com Remos, Carro Dom Fuas, Carro da Sagrada Família e os quatro Carros dos Anjos, que são conduzidos pela Catequese da Basílica Santuário de Nazaré. A expectativa, claro, é de que todos eles estejam de volta ao trajeto em 2022, quando a festa, apesar das incógnitas, segue cercada de boas expectativas por quem dirige e também por quem participa do Círios.

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