Morando fora do Pará, devotas contam como celebram o Círio 'longe de casa'

Duas paraenses compartilharam suas histórias de graças alcançadas, a saudade do Círio e como mantêm viva a tradição, apesar de estarem longe de Belém

Gabriel da Mota
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Onde quer que esteja, no coração de cada paraense devoto de Nossa Senhora de Nazaré, o Círio ecoa por todo o mundo. Para quem vive longe de Belém, a devoção permanece inabalável, mesmo à distância. A reportagem de O Liberal conversou com duas paraenses que compartilharam suas histórias de graças alcançadas, a saudade do Círio e como mantêm viva a tradição, apesar de estarem longe do Pará.

Tatiana Ferreira, autônoma que mora há pouco mais de dois anos em Albufeira, Portugal, lembra com carinho das graças que recebeu por meio da intercessão de Nossa Senhora. “Minha primeira promessa foi pedindo à Nossa Mãezinha saúde para minha avó. Depois dessa, tiveram várias. Ela sempre intercede por mim”, afirma Tatiana. Hoje, ela vive o Círio de uma maneira diferente, mas a fé segue firme:

“Mesmo longe, vou vivenciando o Círio por meio de peregrinação online, transmissão pela TV, vídeos enviados pelos amigos e promessas pagas através do Rosário. Assim, vou avivando minha fé e buscando, diariamente, a santidade”, explica.

A lembrança do último Círio que Tatiana passou em Belém é marcada pela tradicional missa campal no segundo domingo de outubro. Ao descrever a saudade, Tatiana cita a comunhão entre fiéis que o Círio proporciona. “A saudade do Círio me faz lembrar da partilha entre irmãos em Cristo, onde cantamos, louvamos e adoramos Jesus Cristo. Nesse período da festividade, também sinto falta de caminhar na Trasladação com [uma imagem de] Nossa Senhora nas mãos e entregar a uma pessoa em frente à Catedral. É um momento único”, relata.

image Uma das lembranças recebidas por Tatiana em Portugal é o cartaz do Círio deste ano, decorado com pedras brilhosas (Arquivo pessoal)

Já Nazaré Trindade, gastrologista que vive há três anos em Joinville, no estado de Santa Catarina, tem um testemunho de fé que envolve a maternidade. Após muitas tentativas frustradas de engravidar, ela fez um pedido especial à Nossa Senhora de Nazaré. “Eu pedi a ela que me desse um filho e prometi que ele ia servir o filho dela. No ano seguinte, lá estava eu, com o meu filho Davi nos braços, agradecendo pela graça alcançada”, conta Nazaré. O pequeno Davi hoje tem sete anos e é fruto da fé inabalável de sua mãe. “Tudo foi por intercessão de Nossa Senhora que consegui o meu filho”, diz, convicta.

Mesmo longe do Pará, Nazaré mantém a tradição do Círio viva em seu coração e em seu lar. “A grande fé que temos em Nossa Senhora de Nazaré me motiva a continuar participando, mesmo de tão longe. No Círio, eu sempre preparava o almoço e recebia a família para celebrar esse momento tão lindo e especial. E no sábado, meu esposo e eu íamos ver e acompanhar a Trasladação. Quantas saudades desses momentos!”, relembra. 

A lembrança mais marcante do último Círio em Belém é também uma das mais fortes para ela. “Foi durante a pandemia. Mesmo com a COVID, o povo foi às ruas para celebrar o Círio. Isso ficou no meu coração, especialmente ao ver pessoas que perderam entes queridos, mas ainda assim estavam lá, louvando e agradecendo à nossa Mãezinha”, conclui.

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