Círio Fluvial: superlotação é crime, alerta comandante da Capitania dos Portos Amazônia Oriental

“Toda vez que eu coloco um excesso, seja ela de passageiros ou mesmo de carga, eu coloco em risco a vida de todos ali presentes”, diz o capitão de mar e guerra Ewerton Rodrigues Calfa

Dilson Pimentel
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Superlotação é crime. Foi o que deixou claro, na manhã desta terça-feira (17), o Capitão dos Portos da Amazônia Oriental, Capitão de Mar e Guerra Ewerton Rodrigues Calfa. Em entrevista à imprensa, ele detalhou as regras para as embarcações que vão participar do Círio Fluvial deste ano, que será realizado no dia 12 de outubro, na Baía do Guajará, no percurso entre o trapiche de Icoaraci e a escadinha do cais do porto de Belém.

A expectativa da Marinha do Brasil é de que se mantenha a média histórica da participação de cerca de 250 embarcações. Durante a Romaria Fluvial, o aparato de segurança da Marinha do Brasil vai empregar 420 militares e 20 meios, entre navios, lanchas, motos aquáticas, ambulâncias e helicóptero.

"Todos estaremos muito atentos ao correto cumprimento dessas regras de segurança. Principalmente a questão da superlotação, justamente porque as embarcações foram construídas e planejadas para suportar um determinado peso. E toda vez que eu coloco um excesso, seja ela de passageiros ou mesmo de carga, eu coloco em risco a vida de todos ali presentes. Então o correto comprimento de todas as instruções deverá ser cumprido", afirmou.

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Ele destacou, durante a coletiva, que superlotação é crime. E que todos devem estar atentos para que não ocorra superlotação em nenhuma das embarcações.

"Os passageiros não poderão transitar em conveses não habitáveis ou que não tenham guarda-corpo. Em hipótese alguma serão toleradas embarcações com superlotação. Nas embarcações de menor porte, que não tenham cabine habitável, todos os ocupantes terão que vestir os coletes salva-vidas. Não basta ter os coletes a bordo: se você estiver em uma rabeta, canoa ou moto aquática, você terá que vestir o colete salva-vidas”, afirma o Capitão dos Portos.

Já o Vice-Almirante Sergio Renato Berna Salgueirinho, comandante do 4º Distrito Naval, destacou a importância de que todas as pessoas fiscalizem o cumprimento das regras para participar da Romaria Fluvial, que deverá durar duas horas, entre 9 e 11 da manhã.

"É uma festa religiosa, todos sabem. Mas, antes de mais nada, como ela é feita no rio, ela é uma navegação. E uma navegação só acontece para a Marinha de forma segura desde que haja o cumprimento das regras, desde que haja a consciência de todos os participantes, seja os comandantes das embarcações, seja os próprios passageiros”, disse.

“Eles precisam ter a consciência de que é um nível de risco quando você está no mar, quando você está no rio, quando você está navegando. Para isso, a segurança das embarcações e a segurança da navegação é uma responsabilidade não só da Marinha, mas de todas as pessoas que estão participando", reforçou.

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