Círio 2023: Romaria da Acessibilidade leva fé e inclusão a pessoas com deficiência

A procissão representa avanços para diversos grupos de pessoas e para as associações que lutam pela inclusão

Gabriel Pires
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A Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) anunciou na última segunda-feira (14) que o Círio 2023 ganhará uma nova procissão oficial: a Romaria da Acessibilidade. Com a novidade, esta se torna a 14ª peregrinação que compõe a festividade em devoção à Nossa Senhora de Nazaré. A procissão representa avanços para pessoas com deficiência e para os grupos que lutam pela inclusão, que podem vivenciar a devoção mariana.

Para a pedagoga Carla Gonçalves, mãe de Emilly Soares, de 14 anos, que tem microcefalia e paralisia cerebral, a procissão representará um momento único. Ela conta que a romaria será marcada pela oportunidade de pessoas com deficiência vivenciarem a relação com a fé em Nossa Senhora de Nazaré.

”Minha filha nunca teve a possibilidade de participar do Círio, pelo grande número de pessoas e por não existir um espaço acessível às limitações que ela tem, sempre levamos nossas promessas até a Basílica após as Romaria”, afirma Carla.

“Temos uma relação de confiança com Nossa Senhora de Nazaré, que sempre se fez muito presente em nossa família. Ela sempre intercedeu por nós, diante de nossos pedidos. Minha filha que foi diagnosticada com microcefalia e paralisia cerebral, não tinha equilíbrio nenhum, não falava. Com a fé que possuímos e com a intercessão da Nossa Senhora de Nazaré, hoje ela já consegue até correr e já fala algumas palavras. Enquanto muitos médicos diziam que não seria possível, nós nunca desistimos. Entregamos nas mãos de Deus e de Nossa Senhora de Nazaré, que intercederam por nós”, relata, emocionada.
Inclusão

A gerente de Assistência Social da APAE Belém Carol Salomão conta que a nova romaria é uma forma de incluir as pessoas com deficiência. “A Romaria da Acessibilidade iniciou por meio de uma grande mobilização de entidades que se reuniram em prol desse processo de construção de uma nova romaria, para que oferecessem a oportunidade de acesso às pessoas com deficiência, para que todos possam participar desse grande momento de fé”, enfatiza Carol.

De acordo com Carol, a procissão foi pensada em proporcionar “um espaço acessível, um percurso específico, para as pessoas com dificuldade de locomoção, as limitações motoras, questões de dificuldade com relação ao barulho”. “Esse ano nós vamos conquistar este grande espaço. Em termos de inclusão, a procissão é um grande avanço, porque vai oferecer às famílias de pessoas com deficiência um momento de fé junto com seus parentes. Maria é amor, Maria é fé e Maria é inclusão”, diz.

A procissão

Na próxima quinta-feira (17), a DFN realizará uma coletiva de imprensa para o lançamento oficial da romaria. Na ocasião, será apresentada a data da procissão, percurso, objetivo e órgãos envolvidos na organização. Além da DFN, alguns órgãos também estarão presentes, entre eles a Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, Associação de Funcionários do BB e da Comunidade (APABB).

Além disso, também estarão presentes, durante o anúncio oficial da romaria, os representantes da Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae); Serviço de Atendimento em Reabilitação (Saber); Núcleo Amazônico de Acessibilidade, Inclusão e Tecnologia (Acessar), Associação de Surdos de Ananindeua (Asan) e Instituto Filippo Smaldone, entre outros.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de Lázaro Magalhães, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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