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Círio 2022: voluntários homenageiam vítimas da covid-19 no acolhimento aos romeiros

Para alguns fiéis, o "Círio do reencontro" é um momento de lembrar de devotos que, infelizmente, perderam a vida para a doença

Fernando Assunção

O “Círio do reencontro”, como está sendo chamada a edição 2022 de uma das maiores manifestações religiosas do mundo, é marcado pelo retorno oficial às ruas do Círio de Nazaré, após dois anos de pico de pandemia. Para muitos fiéis, esse está sendo um momento de agradecer a Nossa Senhora pela saúde e por familiares que sobreviveram a pior fase da covid-19. Mas, para outros, o instante é de lembrar de devotos que, infelizmente, perderam a vida para a doença.

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“A pandemia levou muitos amigos voluntários, então, nada mais justo do que homenageá-los. A gente fala que esse ano é o ‘Círio da gratidão’ também, por muitas pessoas ainda estarem aqui presentes, com saúde, após terem passado pelas UTIs. E, sendo esse o ‘Círio da gratidão’, a gente tem que agradecer àqueles que passaram por aqui, que nos ajudaram, que doaram o seu tempo para estar aqui conosco”, diz.

A gratidão ao trabalho desenvolvido pelos voluntários que se foram é o que movimenta as 67 pessoas que integram a equipe este ano, 80% formado por veteranos no grupo, que se revezam 24 horas por dia para atender os devotos. A equipe tem uma missão fundamental de hidratar o romeiro que chega à Basílica Santuário e encaminhá-lo para receber mais cuidados na Casa de Plácido. “O nome já diz tudo, é sobre acolher. Retomamos o trabalho ontem atendendo os primeiros romeiros e o sentimento é de muita emoção”, finaliza Margarida.

Círio 2024