Círio 2022: voluntariado na Cruz Vermelha ganha força durante a festividade; vídeo
Este ano, a instituição retoma as ações do “Projeto Círio” em Belém, parado há dois anos em função da suspensão das procissões pela pandemia
Este ano, a instituição retoma as ações do “Projeto Círio” em Belém, parado há dois anos em função da suspensão das procissões pela pandemia
“Eu ainda fico tocado, mesmo após tantos anos de Cruz Vermelha, pela forma como o voluntariado é capaz de mudar a vida das pessoas. Já vi gente que entrou aqui sem perspectivas de vida, sem uma formação e que, através do incentivo do voluntariado, encontrou um rumo e, hoje, são profissionais da área da saúde, enfermeiros, médicos”.
O relato é de Abel Aguiar, voluntário de uma das tantas causas solidárias que ganha peso ainda maior no Círio de Nazaré: a Cruz Vermelha. No Círio, voluntários da instituição prestam atendimentos pré-hospitalares a romeiros que possam vir a ter desmaios, convulsões e fraturas durante as longas e movimentadas peregrinações.
Um gesto de solidariedade e amor ao próximo que já acompanha Abel em quase dois terços da vida: aos 63 anos, 41 são dedicados à Cruz Vermelha, o mais antigo voluntário da organização humanitária até hoje na ativa e responsável pela reativação da instituição no Pará, em 1981. “Tem muita gente que me pergunta: ‘Abel, quando é que tu vais parar?’, eu digo que, enquanto eu tiver fôlego de vida, aqui estarei", reflete.
Este ano, a Cruz Vermelha retoma as ações do “Projeto Círio” em Belém. Há dois anos parado em função da suspensão das procissões oficiais pela pandemia, o projeto volta em 2022 com força total. Serão quatro mil voluntários dispostos em 20 postos durante o trajeto do Círio no próximo domingo (9).
Na transladação e nas demais procissões, serão 19 postos. O operativo leva em conta a estimativa de público da Cruz Vermelha para o Círio 2022: 3 milhões de pessoas, segundo disse o conselheiro estadual, diretor jurídico e socorrista da Cruz Vermelha no Pará, André Freire, em entrevista ao podcast de O Liberal.
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“Sou movida pela fé, a fé movimento tudo, principalmente agora, que a gente vai poder participar do Círio, depois de dois anos de pico de pandemia. Já acompanhava o trabalho da Cruz Vermelha nas redes sociais e estou gostando dos treinamentos.”, contou.
O diretor do departamento de Gestão de Riscos e Desastres da Cruz Vermelha, Allan Claudio, conta que o sentimento de solidariedade e amor ao próximo dessa época é chamado de “espírito do voluntário”. “É o que me move. Eu entrei na Cruz Vermelha em 2008 como voluntário temporário e, mais tarde, fiz o curso para me tornar efetivo. Desde então faço parte dessa iniciativa, que me traz uma satisfação e um prazer indescritível. É sobre ajudar aquelas pessoas que precisam”, finaliza.
As inscrições para se tornar voluntário temporário no “Projeto Círio” da Cruz Vermelha já se encerraram, mas, para que tem interesse em atuar na instituição para além desse período, a Cruz Vermelha vai abrir em novembro as inscrições para o quadro de efetivos da instituição. As informações serão divulgadas no perfil do Instagram @cruzvemelhabrasileira_pa.