Círio 2022: comidas típicas veganas ganham destaque na mesa dos paraenses; vídeo
Da maniçoba vegana até o “vrango” no tucupi e arroz paraense, opção é o que não falta; há 4 anos a empreendedora Petra Marron prepara as comidas típicas na época do Círio
O tradicional almoço do Círio, no domingo da romaria, reúne centenas de paraenses ao redor da mesa para apreciar delícias regionais e confraternizar o momento em família. Para aqueles que são adeptos do veganismo e não fazem o consumo de carne, deixar de apreciar as comidas típicas da época não é o caminho. Da maniçoba vegana até o “vrango” no tucupi e arroz paraense, opção é o que não falta. Essas são algumas das alternativas para quem não abre mão de sabores regionais, que, cada vez mais, vem ganhando destaque na mesa dos paraenses.
Durante o almoço do Círio, os pratos são tradicionalmente compostos por ingredientes de origem animal. Para não deixar de fora quem adota o veganismo como estilo de vida, há 4 anos, a empreendedora Petra Marron, de Belém, enxergou a oportunidade de preparar as receitas sem ingredientes de origem animal, como uma forma de viver esse momento de forma integral. Desde então, a busca por encomendas cresceu entre os clientes. Ela possui uma padaria especializada em comidas veganas, e nesta época fornece as refeições típicas.
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“Não queremos abrir mão desses rituais, desse encontro de amor e emoção. Nós queremos viver o Círio de maneira integral, e por isso, buscamos adaptar as receitas que levam ingredientes de origem animal, para que possamos viver esse momento de forma plena, sem que para isso, os animais sejam sacrificados”, disse Petra.
“A demanda por comidas típicas paraenses na versão veg, aumenta significativamente no Círio. Não à toa, fazemos um cardápio especial para celebrar com nossos clientes esse momento tão maravilhoso e aguardado pelos paraenses. Todo mundo quer viver a fartura da comida do Círio, celebrar em volta da mesa”, afirmou ela sobre a procura pelas refeições.
Diferentes, mas saborosos
Um dos pratos mais famosos é a maniçoba vegana, que também é preparada durante 7 dias e demanda um longo tempo de preparo. Diferentemente do preparo tradicional que leva ingredientes derivados do porco, como toucinho, pé de porco, dentre outros, ingredientes como tofu defumado, castanha do Pará, castanha de caju e linguiça vegetal dão sabor à iguaria vegana. E, ainda, cogumelos e soja graúda proporcionam um toque ainda mais especial ao prato.
“Seguimos o mesmo ritual de cozinhar a folha da mandioca por 7 dias. Preparamos um refogado a base de cebola, alho, especiarias e fumaça líquida para selar os ingredientes que vão adubar a maniçoba. Depois junta-se a maniva cozida aos ingredientes do refogado, e ferve-se até que apurem-se os sabores”, contou Petra sobre o modo de preparo. A maniçoba, sem dúvidas, é o prato mais procurado, saindo na frente em número de vendas”, detalhou.
Outro opção que vêm ganhando destaque na mesa dos paraenses é o frango no tucupi, conta Petra. O “vrango” no tucupi como é chamado, também está sendo bastante procurado, pois é um prato que raramente se faz na versão vegana.
“O frango no tucupi é feito a partir da proteína isolada de ervilha e grão de bico. Após marinar em azeite, limão, louro e mix de especiarias, vai pra panela junto com tucupi, jambu, alho e muita chicória”, afirmou.
“Tanto em um, como em outro, os sabores são sim bem similares, e penso até que muitos onívoros desavisados, sequer perceberiam que se tratam de versões veganas de pratos típicos”, analisou Petra.
Alimentação vegana é benéfica
Outras opções para o cardápio são a farofa de jambu, além das sobremesas como: pavê de cupuaçu com chocolate e torta maria izabel de bacuri. E o diferencial: tudo na versão vegana. Petra conta que essas também são alternativas para pessoas alérgicas, e que precisam evitar determinados ingredientes.
“Pratos veganos são excelentes para as pessoas conhecerem a variedade e as possibilidades incríveis trazidas pelo reino vegetal. A alimentação vegana pode ser muito rica em nutrientes essenciais para nossa saúde”, afirmou.
(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, João Thiago Dias)
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