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Arcebispo de Belém revela o principal desafio de preparar o Círio de Nazaré

Dom Alberto Taveira Corrêa está à frente da arquidiocese belenense há 15 anos e diz que ainda se surpreende com o apelo popular da festa

Gabriel da Mota
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O Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a maior manifestação religiosa do Brasil, traz consigo expressões de fé e um gigantesco desafio logístico e pastoral. Em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo metropolitano de Belém, explicou que a tarefa de planejar um evento dessa magnitude envolve milhares de pessoas, desde voluntários até autoridades de segurança pública, e que há uma equipe permanente, o “escritório do Círio”, que trabalha incansavelmente o ano todo.

“Termina um Círio, já estamos preparando aquele que vem depois. O desafio é acolhermos tantas pessoas que querem ser voluntárias conosco”, pontuou.

Ele também destaca o equilíbrio necessário para gerir a participação massiva dos fiéis e das instituições envolvidas, como a Cruz Vermelha e o Corpo de Bombeiros, essenciais para os primeiros socorros durante as procissões.

Outro aspecto marcante do Círio é a presença de bispos de outras regiões do Brasil, cada vez mais interessados em participar do evento. “Eu vejo quase uma fila de bispos desejando vir ao Círio, conhecer os filhos de Nazaré. Eles se encantam com o fato de termos essa forma única de celebrar Nossa Senhora”, afirmou. Este ano, por exemplo, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Ricardo Hoepers, celebrará a missa de saída da Romaria Fluvial, no Trapiche de Icoaraci.

Processo contínuo de evangelização

Dom Alberto descreve o Círio como uma “colheita” de frutos espirituais, que se prolonga por 15 dias após a grande procissão. Durante este período, ocorrem pregações, confissões e diversas atividades pastorais que aprofundam a fé dos participantes. “Os frutos do Círio aparecem e são muito significativos, muito expressivos. O resultado do Círio como um processo de evangelização é notável”, comentou.

image Arcebispo de Belém em entrevista no estúdio da Redação Integrada de O Liberal (Wagner Santana / O Liberal)

À frente da Arquidiocese de Belém desde 2010, Dom Alberto destaca a profunda ligação emocional e espiritual que o Círio promove entre o povo e a Igreja. “O Círio todo sempre emociona, eu sou muito sensível a todas essas realidades, à presença do povo, aos apelos das pessoas”, afirmou. Um dos momentos mais emotivos para ele é ao final da grande procissão, quando o núcleo da berlinda alcança o Colégio Santa Catarina de Sena, no bairro de Nazaré, onde é feita a aspersão de água benta sobre os promesseiros da corda. “Eu me impressiono muito porque são milhões de irmãos que se elevam e que querem receber a saudação do bispo”, destacou.

Além disso, o arcebispo defende a ideia de que o Círio é mais do que um evento; é uma expressão de comunhão e de missão evangelizadora. “O Círio não é um espetáculo. É um evento da Igreja Católica, organizado pela Igreja Católica, com a mentalidade, a formação e os valores da Igreja Católica”, enfatizou Dom Alberto.

A cobertura do Círio 2024 em O Liberal tem o apoio do Instituto Cultural Vale e o patrocínio da Bet.Bet.

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