Gabriel Paixão e os Calientes levam música da Amazônia ao Festival Psicodália, em Santa Catarina
Com novo nome artístico, Gabriel montou repertório com lambadas, guitarradas e carimbó
Quem acompanha a nova geração de músicos do gênero guitarrada já ouviu falar do multiinstrumentista Gabriel Dietrich. Após ganhar espaço na cena paraense inicialmente com o grupo Farofa Tropikal, e atualmente com o conjunto Raízes Latinas, formado em parceria com o percussionista e compositor Nazaco Gomes, o artista paranaense assumiu recentemente um novo nome artístico, Gabriel Paixão, e junto aos músicos que formam Os Calientes se apresenta pela primeira vez no Festival Psicodália, em Santa Catarina, neste sábado, 10, às 14h.
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"Gabriel Paixão sou eu, mais conhecido como Gabriel Dietrich, assumindo essa nova identidade e acompanhado dessa banda formada aqui em Curitiba, Os Calientes, com uma formação em trio que conta com Josias Moraes, baterista manauara, e Roni Tinoco, baixista carioca, e uma formação em quarteto com o guitarrista curitibano Vinicius Souza completando o time”, afirma o músico.
O artista explica que o nome Gabriel Paixão veio de um "batismo" dado por Mestre Solano, guitarrista que é referência de música amazônida em âmbito internacional. “O nome nasceu em um dia em que fui participar de um show com ele em Abaetetuba. Quando foi me anunciar, a filha do mestre "soprou" meu nome para ele e ele não entendeu direito, e aí chamou "Com vocês, meu grande amigo Gabriel Paixão "... aí isso virou uma zoação, mas eu gostei do nome, e agora adotei para mim. Contei isso para o mestre essa semana e ele rio muito”, relata Gabriel.
Para o show do Psicodália, o artista optou por escolher repertório majoritariamente autoral, “com minhas guitarradas e outras músicas que toco no projeto Raízes Latinas com mestre Nazaco Gomes”.” Acho que é uma oportunidade maravilhosa para mostrar um pouco desse trabalho que venho construindo nos últimos 6 anos, morando em Belém, além de tocar também versões de clássicos dos mestres Aldo Sena, Mestre Vieira, Mestre Solano e Mestre Curica. A oportunidade de tocar no Psicodália veio quando eu estava vindo para Curitiba visitar minha família. Aí rolou de encaixar o show na programação, num palco diurno. Foi uma surpresa maravilhosa”, comemora.
A relação de Gabriel com o festival surgiu em 2013, ano em que ouviu falar d evento pela primeira vez, quando foram atrações Os Mutantes, Jards Macalé, dentre outros. “Pude ir na edição de 2014, e foi uma experiência transformadora na minha vida, tipo vivendo uma utopia... passamos seis dias acampados, vivendo intensamente, num ambiente acolhedor, de muita paz e muita música boa. Nesse ano assisti Moraes Moreira tocando o álbum Acabou Chorare na íntegra, além de Módulo 1000, Tom Zé, e bandas locais como o Confraria da Costa. Desde então era um sonho tocar nesse festival, que agora se realiza!”, conclui o artista.
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