Veja quais crimes a PF atribui a Bolsonaro e as possíveis penas
O ex-presidente foi indiciado nesta terça (19) pela Polícia Federal pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (19) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público, no caso que investiga a falsificação dos cartões de vacinas de Covid-19. O ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e outras 15 pessoas também foram indiciadas. O indiciamento foi enviado ontem (18) para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde o caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com investigadores, um grupo de pessoas ligadas a Bolsonaro incluiu informações falsas em um sistema do Ministério da Saúde, para beneficiar o ex-presidente, parentes e auxiliares dele. Veja a seguir os crimes que a PF está atribuindo a Bolsonaro e as possíveis penas.
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Outros indiciados
Além de Bolsonaro, outras 16 pessoas foram indiciadas, incluindo auxiliares próximos do ex-presidente, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A lista também conta com os nomes do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e o candidato a deputado estadual Ailton Gonçalves Moraes Barros (PL-RJ). Veja a lista dos indiciados e os crimes imputados a eles:
Mauro Cesar Cid, tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro:
➔ Falsidade ideológica de documento público;
➔ Tentativa de inserção de dados falsos em sistema de informações;
➔ Uso de documento falso;
➔ Associação criminosa.
Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid:
➔ Falsidade ideológica de documento público;
➔ Inserção de dados falsos em sistema de informações;
➔ Uso de documento falso em nome próprio e das filhas.
Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal pelo MDB-RJ:
➔ Inserção de dados falsos em sistema de informações;
➔ Associação criminosa.
Luís Marcos dos Reis, sargento do Exército, ex-integrante da equipe de Mauro Cid:
➔ Falsidade ideológica de documento público;
➔ Tentativa de inserção de dados falsos em sistema de informações.
Farley Vinicius Alcântara, médico que teria envolvimento no esquema e sobrinho de Luís Marcos dos Reis:
➔ Falsidade ideológica de documento público;
➔ Tentativa de inserção de dados falsos em sistema de informações.
João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ):
➔ Inserção de dados falsos em sistema de informações;
➔ Associação criminosa.
Max Guilherme Machado de Moura, segurança de Bolsonaro:
➔ Uso de documento falso;
➔ Inserção de dados falsos em sistema de informações;
➔ Associação criminosa.
Sergio Rocha Cordeiro, segurança de Bolsonaro:
➔ Uso de documento falso;
➔ Inserção de dados falsos em sistema de informações;
➔ Associação criminosa.
Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro:
➔ Inserção de dados falsos em sistema de informações
Eduardo Crespo Alves, militar:
➔ Tentativa de inserção de dados falsos em sistema de informações
Ailton Gonçalves Moraes Barros, candidato a deputado estadual pelo PL-RJ em 2022:
➔ Inserção de dados falsos em sistema de informações;
➔ Falsidade ideológica de documento público;
➔ Associação criminosa.
Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias:
➔ Inserção de dados falsos em sistema de informações
Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias:
➔ Inserção de dados falsos em sistema de informações;
➔ Associação criminosa.
Célia Serrano da Silva, secretária de Saúde de Duque de Caxias:
➔ Inserção de dados falsos em sistema de informações;
➔ Associação criminosa.
*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Heloa Canali, coordenadora de OLiberal.com)